Édito de Constantino |
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Criado | 212 d.C. |
Signatários | Caracala |
Propósito | Estabelece o domingo como dia de descanso |
| Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu[1] |
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O decreto apoiou à adoração do Deus-Sol (
Sol Invicto) no
Império Romano. As religiões dominantes nas regiões do império eram
pagãs, e em Roma, era notável o
Mitraísmo, especificamente o culto do Sol Invicto. Os adeptos do Mitraísmo se reuniam no domingo. Os judeus, que guardavam o sábado estavam sendo perseguidos sistematicamente neste momento, por causa das
Guerras judaico-romanas e, por essa razão o édito de Constantino, é considerado muitas vezes
anti-semita.
Embora alguns cristãos usaram o decreto de apoio à guarda do domingo, para tentar solucionar a polêmica
[2] de guardar o
sábado ou o domingo na Igreja Cristã, na realidade, o decreto não se aplica aos cristãos ou judeus. Por uma questão estreitamente relacionada,
Eusébio afirma que: "
Por sorte não temos nada em comum com a multidão de detestáveis judeus, por que recebemos de nosso Salvador, uma dia de guarda diferente."
[3] Embora isso não indique uma mudança do dia de guarda no cristianismo, pois na prática o édito não favorece um dia diferente para o descanso religioso, inclusive o sábado judaico. Este édito fazia parte do
direito civil romano e em sua religião pagã, e não era um decreto da Igreja Cristã ou se estendia as
religiões abraâmicas. Somente em
325 d.C. no
Primeiro Concílio de Niceia o domingo seria confirmado como dia de descanso cristão, e a guarda do sábado abolida no
Concílio de Laodiceia.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89dito_de_Constantino