Vida Fenecida
Até quando verei toda a absurda amplidão
Formada em minha retina, de paletas fartas
Sem contemplar o absurdo que a sustenta?
Que não vem de mim
E fico aqui
Sem perceber
Formada em minha retina, de paletas fartas
Sem contemplar o absurdo que a sustenta?
Que não vem de mim
E fico aqui
Sem perceber
Quantas ondas abandonadas por meus ouvidos?
Grandiosos, porém limitados a frequências
Frequentemente dançando o desconhecido
Não as ouço, ou só, sombrio, só me ouço
E fico aqui
Sem perceber
Grandiosos, porém limitados a frequências
Frequentemente dançando o desconhecido
Não as ouço, ou só, sombrio, só me ouço
E fico aqui
Sem perceber
Corro para a razão, corro para a estupidez
Da lucidez angustiante que não se satisfaz
À loucura desguarnecida que dilacera e arruína
Cego e surdo, recaio sob a linha do desespero
E fico aqui
A fenecer
Da lucidez angustiante que não se satisfaz
À loucura desguarnecida que dilacera e arruína
Cego e surdo, recaio sob a linha do desespero
E fico aqui
A fenecer
Enfim percebo que sou percebido, cedo ao intangível
Estando ainda com pés sobre chão
Contemplo, flutuo, perscruto em razão e absurdo
E no crepúsculo, a vida esvaída se vai
E o Divinal espero aqui
A me receber
Estando ainda com pés sobre chão
Contemplo, flutuo, perscruto em razão e absurdo
E no crepúsculo, a vida esvaída se vai
E o Divinal espero aqui
A me receber