Seja minha vida o padrão naquilo que eu falar e no procedimento, o exemplo à todos levar.

sábado, 13 de dezembro de 2014

ZEEV BOIM, VICE-PRIMEIRO MINISTRO DE ISRAEL...


IN MEMORIAN....

ORIENTE MÉDIO

Tribunal diz que obra trouxe sofrimento aos palestinos e ordena compensações; governo teme mais ações.

Supremo de Israel veta trecho de barreira


DA REDAÇÃO 

Tomando o partido dos palestinos, a Suprema Corte israelense ordenou ontem que o governo mude de lugar uma parte-chave da barreira de separação entre Cisjordânia e Israel porque traz demasiado sofrimento a palestinos. Ela reconheceu que Israel tem motivos para construir a cerca, mas que "tem o dever legal de equilibrar as considerações de segurança e humanitárias".
A sentença, que deve criar um precedente e é a primeira decisão judicial importante sobre o tema, rompeu uma das bases do plano do premiê israelense, Ariel Sharon, de separação entre Israel e palestinos até 2005 -a outra é a retirada de Gaza.
"A barreira estava sufocando nossas vidas. É por isso que a decisão é tão importante", disse Mohammed Abu Eid, 54, pai de dez filhos, cujas plantações foram destruídas. O vice-ministro israelense da Defesa, Zeev Boim, disse que a decisão vai atrasar a conclusão das obras da barreira, que, para Israel, é crucial para impedir a entrada de terroristas no país: "Agora haverá recursos à Justiça sobre cada metro da barreira".
A corte decretou a mudança obrigatória de rota. Várias autoridades criticaram a decisão, dizendo que representa uma ameaça à segurança, mas o Ministério da Defesa, que supervisiona a construção, disse que vai respeitá-la.
A corte obrigou o governo a devolver terras apreendidas e a compensar os palestinos pelas perdas financeiras. A decisão judicial diz respeito a um trecho de 40 km perto de Jerusalém que teria separado cerca de 35 mil palestinos de suas plantações. Com isso, torna-se provável que sejam tomadas decisões semelhantes com relação a outros trechos do complexo de 680 km de extensão de cercas, muralhas de concreto, trincheiras e barreiras de arame cortante. Um quarto da barreira já foi concluído.
"Não vamos parar por aqui", disse Mohammed Dahla, advogado do lado palestino. "Vamos levar adiante a luta legal."
A corte não decidiu contra a barreira em si, mas contra o seu percurso, que "prejudica os habitantes locais de maneira severa".
A decisão foi anunciada uma semana antes de a Corte Internacional de Justiça de Haia, na Holanda, anunciar sua própria decisão sobre a barreira, qualificada por palestinos como uma tentativa de ampliar as fronteiras de Israel.
Autoridades israelenses afirmam que a barreira é fundamental na redução da freqüência dos atentados suicidas em Israel. Não ocorrem ataques desse tipo no país há três meses e meio. É o mais longo intervalo desde o início da Intifada, em setembro de 2000. Israel diz que suas operações antiterror e a barreira são responsáveis por isso.
O advogado palestino Dahla disse que uma barreira que fosse erguida ao longo da fronteira israelense anterior à guerra de 1967, quando Israel tomo Gaza e a Cisjordânia, teria o mesmo efeito de manter os homens-bomba fora de Israel, sem usurpar terras.