Seja minha vida o padrão naquilo que eu falar e no procedimento, o exemplo à todos levar.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

NICOLAÍSMO E SUAS OBRAS

  1. AS OBRAS DE NICOLAITAS

Nos dias de Salomão, o filho de Davi segundo a carne, aconteceu que quando este conclui a obra da edificação do templo material, trouxe a arca para o templo e compareceu na presença de Deus afim de interceder para o povo. O fogo desceu do céu, e consumiu o holocausto e os sacrifícios. A glória do Senhor encheu a Sua Casa, caindo sobre os sacerdotes que estavam no santuário para ministrar (IICro.7:1,2). Esta coisa é uma alegoria ou ilustração para o tempo presente em que Jesus, o Filho de Davi, pelo Espírito da promessa, como Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo não feito pelas mãos de homens, atravessou, por sua vez o próprio céu para oferecer-se a Si mesmo, comparecendo para nós na face de Deus. Pelo que em sinal de aprovação, a glória de Deus encheu a casa onde estava reunido a Igreja de Jesus e, línguas repartidas, como que de fogo, pousaram-se sobre cada um deles (At.2:1-3). Foi, no quinquagésimo dia depois da Páscoa: o dia de pentecostes em que se ofereciam, segundo a lei, um novo sacrifício de manjares assim como o holocausto continuo para a expiação do povo.
Pelo que Cristo, cumprindo perfeitamente a lei para nós, tal como um cordeiro, foi imolado por nós sobre a terra, tornando-se assim a nossa Páscoa. E, assim como o sumo-sacerdote da antiga aliança, que entrava uma vez por ano no santuário para fazer a expiação, Jesus Cristo ofereceu UMA vez por toda, no altar divino, o Seu próprio sangue para expiação do pecado de muitos, pelo sacrifício continuo de Si mesmo. Este é o verdadeiro sentido de “pentecostes”! Pelo que Deus, O Pai, aceitando o sangue fiador da nova aliança, derramado por nós, O confirmou pelo Seuselo: O ESPÍRITO SANTO DA PROMESSA. Sua gloria que iria repousar sobre todos os que foram resgatados, afim de levar na perfeição aqueles que Lhe obedecem.
Esta era a missão definido do Espírito Santo: “Quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele Me GLORIFICARÁ, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar” (Jo.16:13,14).
Pelo que, Jesus Cristo foi nitidamente glorificado pelo Espírito Santo que acabava de descer sobre os discípulos reunidos naquele dia do começo, assim como o confirma a pregação de Pedro. Este é o verdadeiro sentido de Pentecostes: a festa do Cordeiro imolado. A partir daquele dia, todas as verdadeiras testemunhas de Jesus, falaram inspirado pelo Espírito Santo e edificaram a igreja na fé verdadeira e no conhecimento perfeito do Filho de Deus. Esses servos não falaram de si mesmo, mas deram testemunho do que ouviram e viram (At.4:20; Gal.1:11,12; 1Jo.1:1-4). Esposaram-nos à um ÚNICO marido, à saber Cristo; tomando o que é Dele para nós alimentar da esperança da nossa própria gloria. Quando virá, naquele dia, O DESEJADO das nações.
Entretanto, Satanás – o semeador do joio – introduziu na lavoura de Deus falsos obreiros, ministros da iniquidade, que se faziam passar por servos de Deus. Esses trouxeram consigo um “outro evangelho”, anunciando um “outro Jesus”. E, os que davam ouvidos neste “falso ensinamento”, abandonaram o seu primeiro amor, corromperam os seus sentidos e, apartando-se da simplicidade que está em Cristo, acabaram por receber um “outro espírito”: o de erro que transtorna a Verdade (2Cor.11:2-4).
Aqui está a primeira acção deste espírito enganador: AS OBRA DOS NICOLAITAS (do grego: NIKAO: conquistar e LAOS: Leigos). Quem conquista? Senão aquele que quer dominar e não servir. Que são os leigos? Senão os ignorantes, os que não tem experiência da Palavra de Deus; as crianças na fé. Essas tornaram-se presas fáceis nas mãos dos falsos ministros de Deus. Esses que “dizem ser apóstolos e não são”. A seu tempo, Paulo, o apóstolo dos gentios advertiu a igreja: “Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho; e que dentro vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para ATRAÍREM os discípulos após si(At.20:29,30).
Aqui estão as OBRAS DOS NICOLAITAS: Todas as vezes que Deus levanta servos para começar uma obra, Satanás envia também os seus ministros para transtornar a obra que Deus está à cumprir no meio do Seu povo, semeando o joio no meio do trigo. Isto aconteceu na primeira era, assim aconteceu também em todas as sucessivas eras. Com a partida dos servos que Deus utilizou para uma obra determinado, os homens maus, aproveitando-se de nomes e obras destes ministros de Deus, começaram à atraírem os leigos com um falso ensinamento do Evangelho, para no fim poder dominar sobre eles, num dogmatismo que nada tem à ver com o Evangelho da glória de Cristo. O mesmo, acontece também em cada país ou cidade, em cada igreja, etc. Aí, onde Deus começa uma obra… até no dia de hoje. Isto estabelece O PRIMEIRO PASSO na edificação do SISTEMA ANTI-CRISTO; quando o ESPÍRITO DO HOMEM COMEÇA A ASSUMIR A LIDERANÇA NO LUGAR DO ESPÍRITO SANTO e que, um homem nos é apresentado no lugar do Cristo. E, isso é só possível lá, onde as interpretações particulares geram mandamentos de homens (tradições, dogmas, ritos, credos, genealogias e fábulas profanas) que são ensinados no lugar da Palavra de Deus, pelos pregadores que a si mesmo tomam a dignidade de servir Deus, sem ser chamado por Ele. Apresentando-se como apóstolos, profetas, doutores, pastores, evangelistas... e fazendo com que os homens ADOREM EM VÃO nessas igrejas que se organizam sob uma liderança humana e carnal (Mat.15:8,9).
Assim foi, assim havia de ser; assim é... até no dia de hoje! A verdadeira igreja; os filhos da promessa vencem o anti-cristo, porque a Palavra de Deus está neles (1Jo.2:14b). À luz desta Palavra, eles examinam todos os que a si mesmo se dizem enviados ou “profetas” (pregadores) de Deus e os acham mentirosos, porque nenhuma mentira vem da verdade (At.17:11).
Alguém notou que todos esses homens maus, lobo cruéis e devoradores, fontanários sem águas, falatórios profanos e enganadores que ensinam heresias nas igrejas, se levantam no meio dos que receberam primeiramente a Verdade mas, que depois se desviaram da fé na MENSAGEM DA PALAVRA DE DEUS que lhes foi anunciada? Como está escrito: dentro vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas” e ainda:“Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam connosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todo de nós” (1Jo.1:19). Que são eles? Senão os muitos que se fizeram anticristos ou inimigos da Verdade que a unção do Espírito Santo nos ensina.
E como reconhecer os bons dos maus? Pela semente da Palavra (doutrina) que eles carreguem! Sendo ela, espiritual, original e eterna; ou então, terrena, adulterada e temporal, e que determina as obras, o labor e a perseverança ou paciência da igreja. Porque a vida desta igreja, muito depende do tipo de mensagem da Palavra recebida e aceite. Essa é a semente que gera uma determinada tipo de vida que anima um determinado grupo de crentes nas igrejas. Disse Jesus: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus o selou” (Jo.6:25). É aqui onde diferenciamos a igreja que trabalha para a glória como a Maria de Betânia, daquela que, como a Marta, sua irmã, afadiga-se em muito trabalhos e se cansa pela vaidade (Lc.10:38-42). Aqui onde existe a diferença entre essa igreja que, como Jacó, atenta pela fé nas coisas invisíveis e nas promessas; daquela que como Esaú, se apaixona das coisas profanas e temporais (Gen.25:30-34). Onde uma igreja, à semelhança de Abel, se aproxima do altar pela fé na revelação docordeiro – primogénito das suas ovelhas – imolado numa prefiguração do sacrifício perfeito do Corpo de Cristo; daquela que, como Caim, edifica formosos altares e edifícios bonitos, adorando entretanto em vão (Gen.4:3,4).
A comida que perece caracteriza evangelho materialista baseada no homem e nas coisas profanas, enquanto a comida que permanece para a vida eterna constitui o alimento no tempo oportuno, dado à comer aos homens pelo ministério do Filho do homem. O “Assim diz o Senhor Jesus” revelado no tempo marcado por Deus, pelo aquele enviado do Senhor – o servo fiel e prudente - que Deus selou para uma determinada obra. Em que consiste pois este selo de Deus? Senão o Espírito da promessa que anima aquele que “profetiza” e confirma o Conselho de Deus no tempo determinado (Is.46:11). Como está escrito: “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel. Neste tempo e dirá de Jacó e de Israel: QUE COISA DEUS TEM OBRADO” (Nu.23:23).
“Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência”, disse o Senhor Jesus – Apoc.2:2.
Disseram-Lhe pois: “Que faremos, para executarmos as obras de Deus”? Jesus respondeu, e disse-lhes: “A obra de Deus é esta: QUE CREIAIS NAQUELE QUE ELE ENVIOU” (Jo.6:28,29). Pois que? Os que recebem o enviado de Deus num tempo determinado, recebem o próprio Filho do homem (O Profeta – maior: Jesus Cristo) revelado no nosso meio pelo Espírito Santo. Esses se alimentam da palavra da promessa: a comida que subsiste para a vida eterna, que o enviado lhes dará, sendo ele o “homem do Seu conselho”, tendo o “selo” de Deus na sua geração: a justificação do Espírito que lhe anima a fim de executar a coisa que Deus tem obrado. É deste modo que são selados, por sua vez, todos os “filhos da promessa” que esperam primeiro em Cristo Jesus, nas suas respectivas gerações. Como está escrito: “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus...” (Ef.1:13,14). Aqui está a esperança, a perseverança e a paciência dos santos! “Porque em esperança somos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, COM PACIÊNCIA O ESPERAMOS” (Rom.8:24,25). Assim a verdadeira Esposa, a virgem pura espera o dia do Noivo. Todo o resto das obras, trabalhos e paciência das igrejas, é esperança enganadora, assente em obras mortas (a esperança das coisa visíveis e perecíveis); fé e confiança depositadas em pessoas que já dormem.
Os bons são todos esses que foram anteriormente escolhidos por Deus, na Sua presciência. Aqueles que “comem e bebem na mesa do Cristo glorificado”. Quer dizer: os que estão em comunhão perfeita com a doutrina por Ele ensinada. A esses – e não à todos – Jesus Cristo se manifestou. E dele, receberam o mandato de pregar e testificar Aquele que é o Autor Consumidor da fé para a salvação. Nisso reconhecemos os verdadeiros profetas de Deus.
Como está escrito: “A Este – Jesus –ressuscitou Deu ao terceiro dia, e fez que se manifestasse, não a todo o povo, ma às testemunhas que Deus antes ordenara; a nó, que comemos e bebemos juntamente com Ele, depois que ressuscitou dos mortos. E nos mandou pregar ao povo, e testificar que Ele é o que por Deus foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos. A Este dão testemunho TODOS OS PROFETAS, de que todos os que nele crêem receberão o perdão do pecado pelo Seu nome (At.10:40-43). Aí daquele que confia no homem igual e num outro nome para se salvar e chegar na glória. Bem-aventurados aquele que confia em Deus e em Seu Cristo! Disto dão testemunho TODOS os profetas.
 Considerai isso: nenhum embaixador acrescenta suas próprias palavras (ou pensamentos) nas cartas que lhe credenciam junto de um país da sua missão diplomática. Tais somos, nós, os que fizemos função de EMBAIXADORES de Jesus Cristo – e não de um homem –, para RECONCILIAR O MUNDO COM DEUS. E não para levar os homens na idolatria, ensinando-os à ir após outros “salvadores”. Bem-aventurado aquele que não se escandalizar dessa pregação! Se não falarmos desta maneira, o povo nunca verá a alva e andará pela terra duramente oprimido e faminto, amaldiçoará ao Seu rei (Jesus) e ao Seu Deus e será arrastado para a escuridão (Is.8:20-22). Por isso, não me posso calar... até que sai a justiça duma Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Uma igreja preparada para se apresentar diante do glorioso Esposo no dia da Sua vinda, como uma virgem pura. Está é aquela que não é contaminada por nenhuma semente estrangeira. Quem pode suportar isso? Esse atestará o que dizemos da parte do Cristo.
Os maus, isto é, os que a si mesmos se recomendam como servos e profetas dentro das igrejas; estes não têm o selo de Deus. Por isso, não falam segundo o Espírito da profecia em confirmação da promessa de Deus no dia ou tempo determinado; mas sim, segundo uma interpretação particular da profecia que gera o falso ensinamento, que desvia a igreja da fé e da simplicidade que está em Cristo. É assim que começa a obra pela edificação do sistema anti-cristo no nosso meio: pelo um falso ensinamento baseado nas interpretações particulares. Não segundo o discurso do Espírito, mas sim segundo uma sabedoria carnal, terrena e diabólica, que traz todo tipo de perturbação e perversão na obra de Deus; feita com parcialidade e hipocrisia por homens movido pelo espírito de divisões, paixões impuras, revoltosos, conspiradores, invejosos e contenciosos. Homens que se gloriam fora da medida nos trabalhos alheios (de outros servos de Deus, pois); esses enganadores têm a piedade somente em aparências, mas na realidade, são pastores que a si mesmos se apascentam, nuvens sem água, levadas pelo vento de uma parte para outra. São estrelas errantes e vagabundas reservadas para as trevas. Vaidosos e soberbos, eles blasfemam as glórias e perecem na contradição de Coré que, ao seu tempo, contestava a autoridade de Moisés, querendo a si mesmo, fazer-se igual à ele. Afastai-vos de tais homens! Não procurem o Deus da paz onde há confusão, constantes divisões, contendas incessantes... O Espírito de Deus não trabalha desta maneira! (Tg.3:17).
Bem-aventurados os que não se deixam seduzir.
Fonte:http://www.ministeriodoultimotempo.org/as%20obras%20de%20nicolaitas.html