O MAPA DA MINA, QUANDO DO TEMPO DO “DEVAGAR”, TUDO COMEÇOU...
01 - INTRODUÇÃO
“Itabira precisa conhecer melhor a si mesma...” Palavras de Carlos Drummond de Andrade no livro “Módulo de História de Itabira”.
Procurando apresentar uma visão da ciência social, científica de Causa e Efeito, aplica-se o presente trabalho na busca da visão do horizonte histórico do que chamamos hoje de Efeito Itabira.
A vocação deste trabalho, visa o conhecimento pessoal do Signatário o qual presta serviço nesta cidade, tendo aqui fincado raízes matrimonial e de rebento, sendo estes, ambos itabiranos. Bem como, procura não de forma mais inteligente, apresentar o repasse de conhecimentos, da Constatação Histórica de um pedaço de Minas e da ação da Coroa Portuguesa e Padroado das missões do Vaticano, no contexto de um espírito independente de vislumbrar a nacionalidade brasileira, nesta contemporaneidade e de antepassado, na particularidade de um caminho de piçarra que hoje se chama Itabira.
A palavra Itabira, de origem indígena, quer dizer pedra brilhante, mas os moradores atribuem outro significado, a de moça da pedra. O filho mais ilustre da cidade, o poeta Carlos Drummond de Andrade, deixou um rico legado cultural que pode ser apreciado em suas obras e pelas ruas de Itabira. Na área rural, os distritos de Ipoema e Senhora do Carmo, localizados no eixo do Caminho dos Diamantes da Estrada Real, resguardam um rico acervo da cultura de tropas.
02. ITABIRA
“Ita” equivale a pedra / forte e “Bira” a pedra que brilha na linguagem indígena de tribo Tupi-Guarani, apesar de existir na região a tribo dos Botocudas. O topônimo Ita significa Pedra Aguda; Cauê do dialeto africano, significa “Irmão” ou “O Outro”. Nome antigo era Itabira do Mato Dentro, tendo já sido encontrado alguns registros com o nome de Presidente Vargas (1943 a 1947);
GEOGRAFIA - 1830 - o famoso naturalista Auguste de Saint Hilare fez minuciosa descrição do meio físico itabirano e relata as atividades econômicas que nele se empreendiam, referindo-se nominalmente a pessoas destacadas que aí encontrou, por ocasião de sua viagem ao interior mineiro. Tais relatos foram praticados em dois capítulos de seu livro Voyages dans lês Provinces de Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Este mesmo texto foi traduzido para o português nas páginas d’O Recreador Mineiro, de Ouro Preto em 1845, impresso na Typografia da Actualidade. Em 28 de agosto de 1872, o Conselheiro José Bento da Cunha Figueiredo, Presidente da Província de Minas Gerais, recebeu da Câmara Municipal, uma “Exposição do Rio Doce, dando conta circunstanciada dos rios que banhavam seu município, sob o ponto de vista da navegabilidade”.
Esse interessante documento, pelas voltas que os papéis públicos costumam dar num país ainda pobre de arquivos organizados, como é o Brasil, pertencem à coleção do escritor fluminense Salvador de Mendonça, e acha-se em poder do historiador Marcos Carneiro de Mendonça, no Rio de Janeiro. É de 1º de junho de 1881 a “Descripção Geographico-phisica e histórica da Itabira do Matto Dentro.” Compilada pelo Padre e vereador Francisco Ângelo de Almeida, na presidência interina da Câmara municipal e por ele enviada ao Dr. Ramiz Galvão, Diretor da Biblioteca Nacional, em cujo acervo se encontra o respectivo manuscrito.
“Muito valiosa é a monografia do Padre Júlio Engracia (mais tarde Monsenhor) “Chorographis Mineira - Município e Comarca de Itabira”, estampada no fascículo II, ano II, da “Revista do Archivo Público Mineiro”, de Ouro Preto, correspondentes ao mês de abril a junho de 1891. O texto foi feito com espírito crítico, que não faltava a esse polêmico sacerdote. Sua crítica referia-se inclusive ao prédio da Câmara e Cadeia, dizendo que “não se pode desejar pior que esse edifício para seus fins e não condiz com o adiantamento e hombridade dos itabiranos e com uma municipalidade que tem 40 contos de orçamento.”
Topografia acidentada com aspecto de presépio, na época de 1930. Clóvis Alvim.
Área de 1.305 km², fazendo divisas com os municípios de Nova União, Jaboticatubas, Bom Jesus do Amparo, São Gonçalo do Rio Abaixo, Bela Vista de Minas, Nova Era, Santa Maria de Itabira, Itambé.
1) Azimute com latitude de 19º 37’, longitude de 43º 13’, latitude sul de 20 15 18, longitude WGR 43 47 45;
2) Altitude considerada 826,50 metros;
3) Altitude máxima 1.672 metros no Alto da Mutuca
4) Altitude mínima de 783 metros na Foz do Córrego do Simão
5) Altitude no ponto central da cidade de 779 metros.
6) Distância de Belo Horizonte 111 Km,
7) Sta. Maria de Itabira 27 km,
8) Itambé do Mato Dentro 38 km;
9) Nova Era 30 km,
10) João Monlevade 75 Km pela rodovia BR 381 e 30 KM pela rodovia apelidado de Morro do Chapéu ou Forninho;
11) Ipatinga 90 passando por Nova Era,
12) Ferros 76 km,
13) Guanhães 108 km,
14) Passabém 50km,
15) Santo Antônio do Rio Abaixo 94km,
16) São Sebastião do Rio Preto 64km.,
17) Morro do Pillar 125km,
18) Conceição do Mato Dentro 160.
19) Ouro Preto pela Estrada Real 148 km;
20) Diamantina pela Estrada Real 272 km;
21) População Urbana 89.357
22) População Rural 8.606
Os tempos mudaram e o transporte coletivo viário interurbano, é prestado pelas empresas Santos, Saritur, Lopes e outras empresas que prestam serviços de linha não fixa, mas de contratação particular no âmbito turismo – tour, ou para fins pessoais como escolares.
HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
Em 1702, já se falava dos caminhos de Itabira. Mas como cita a obra de Jussara França: Já se sabia da existência de Itabira em 1705, quando, segundo relato afirmativo do Cônego Raimundo Trindade - “o Padre Manoel do Rosário e João Teixeira Ramos ali descobriram ouro de aluvião e construíram uma pequena capela” - (em texto do livro Imagem ,Terra, Memória com poema de Carlos Drummond de Andrade sobre fotos de Brás Martins da Costa).
Estes padres, na condição de padroado, exerciam a função de agentes da coroa portuguesa. Padroado, é o direito pelo qual o Rei, por concessão papal, como grão-mestre da ordem de Cristo, tem a prerrogativa de gestão dos negócios espirituais e eclesiásticos, a título de recompensa pela redução de fiéis. Neste regime, a coroa recolhe em seu favor os dízimos eclesiásticos e, em troca, arca com as despesas com os sacerdotes e o culto divino, cabendo-lhe a criação de paróquias com seus vigários e a nomeação de bispos.
O antigo povoado foi anunciado noticiosamente, quando em 1705 pelos padres Manuel do Rosário e João Teixeira Ramos falam do achado de uma quantidade de ouro de coloração branca na área circundada pelo pico de Itabira (Cauê). Na verdade, devagar nascia uma futura cidade de nome Itabira do Mato Dentro. O ouro branco, mineral não raro, porém, muito difícil de se encontrar, foi garimpado em quantidade considerável pelos mencionados padres. E a localidade Itabira, era somente um caminho pouco usado.
O ano de 1720 tornou-se o ano, não oficial, mas, o marco de constituição do povoado de Itabira, com a chegada dos bandeirantes de São Paulo; os irmãos Farias de Albernaz, em expedição saída da região ao norte, conhecida por Itambé. A partir daí, durante o século XVIII, o pequeno arraial cresceu e desenvolveu-se através da pequena mineração do ouro e do comércio Esta localidade tinha localização de referência a partir da Serra Cabeça de Boi. Picos sempre despertaram a curiosidade dos viajantes, de onde avistaram o Pico que Brilha [Itabira]. E naquela época, hoje Morro do Pillar, era denominada Gaspar. Sem bússola e com vista do cume da brilhante pedra, atravessaram dez léguas de florestas e, de forma arrojada, costearam a cadeia pela garganta de piçarrão, à base do morro onde encontra-se instalada a cidade nos dias de hoje. A primeira mina onde acharam o ouro ou ouro de aluvião (tirado da água) denominara de Mina de Fonte de Prata. Edificaram uma casa e uma igreja coberta de palha.
Estes bandeirantes carregavam oratórios para que pudessem adorar e reverenciar a Deus de acordo com a forma com que foram doutrinados pelo Catolicismo Romano. Oratórios com imagens de pessoas tidas como santas [separados...] e que foram canonizados pelo Estado do Vaticano na pessoa do Pater Patrus [Papa], autoridade maior, como pessoas assuntas aos céus, que além de Jesus Cristo [o próprio Deus], podem interceder a Deus/Pai pelas pessoas em suas súplicas.
Em alguns achados, pôde-se constatar que Itabira já era caminho na região. Não que fosse o principal das trilhas existente. Com as notícias de ouro ao pé da pedra, a cobiça nos olhos aventureiros dos bandeirantes, permitiu a iniciativa de chegarem ao pé da pedra acompanhados dos índios da região, aqueles já pacificados e que conheciam a região pelo topônimo (Ita-pedra, Bira-lisa), para rumarem por dez léguas, passando pelas encostas e piçarras de onde hoje é a cidade, quando batearam e, sem esforço, apuraram ouro de pouco quilate e de coloração clara, denominada cor argentino. Assim, o animado bandeirante e seus companheiros retornaram ao norte para Itambé e trouxeram vários ajudantes quando, imediatamente, puseram-se a trabalhar e logo construíram casas toscas.
O ouro não era muito, portanto, o povoado pouco progrediu nesta fase inicial. A piçarra que tem haver com piçarrão, é uma camada de argilas ou xistos, improdutivos de metal sobre a qual encontra-se, em parte, ouro em grãos ou palhetas. Quando atingida esta camada, não prosseguem os trabalhos de mineração, objetivando a apuração do material a partir das bateias. Porém, a pro rata do ouro, em relação aos gastos e a outros lugares mais produtivos, levou estes bandeirantes a levantar suas bandeiras e a seguir seus caminhos, ficando a localidade com inspiração de permanência das pessoas que passaram a criar raízes no local pouco desenvolvido.
Com menos de um século, a sociedade ao pé da Pedra, entra em decadência econômica pela escassez de ouro. A solução era explorar a pedra matriz e, dessa forma, reaviva o crescimento. Este crescimento deu-se a partir da união ideológica e monetária, em que alguns mineradores, reunindo seus capitais e mão-de-obra escrava, iniciaram um segundo ciclo econômico em torno do ciclo do ouro.
Diante dos novos investimentos nas minas das serras da Conceição, Itabira e Santana, e com o aumento da produção, a vida do povoado mudou com o crescimento demográfico da parte de garimpeiros, advindos da região. Com isso ocorreu em ato contínuo a mudança da vida local, na ordem social, econômica, administrativa, urbana e dos costumes. O comércio incrementou com a demanda da população que enriquecia. Os tropeiros chegavam para vender escravos, gêneros alimentícios e artigos importados da Europa.
O minério de ferro do tipo hematita, devido à proibição existente por parte da Coroa portuguesa, manteve seu aproveitamento restrito a confecção de instrumentos para uso doméstico.
Somente no final do século XVIII, o ouro agregado ao ferro dos picos de Conceição, Itabira e Santana, veio a ser explorado por pequenas companhias de mineradores, utilizando-se de mão de obra escrava. Este 2º ciclo do ouro estende-se até meados do século XIX. Para o pico do Cauê e adjacência, hoje à rua Santana no bº Penha, na época dos primórdios, era o principal caminho para as minas.
Pelo alvará de 20 de dezembro de 1825 foi elevada à freguesia. A cidade preserva parte do casario construído durante o auge da mineração e mantém erguida a primeira capela, a de Senhora do Rosário. O município de Itabira foi criado em 1848 desmembrando-o de Caeté.
No início do século XIX, Itabira encontrava-se em franca prosperidade como podemos perceber no relato feito pelo naturalista Saint-Hilaire em visita à região: “... a povoação de Itabira se achava numa fase de notável esplendor. Nada aí fazia lembrar esse ar de decadência que aflige o viajante quando percorre os arredores de Vila Rica, ou mesmo quando atravessa as povoações de Inficionados, Camargos e Catas Altas. Havia aí muitas casas lindas de sobrados e construíam-se outras ...”
Se por um lado a relativa prosperidade possibilitou um avanço sócio-cultural de suas elites, o mesmo não ocorreria com a população de pobres, escravos e homens livres que viviam em condições precárias de saúde e habitação. Ainda Saint-Hilaire: “ Há falta completa de médicos, cirurgiões e farmacêuticos na povoação. O catarro, as pleurisias, as peripneumonia, são doenças aí mais comumente observadas e atacam principalmente os operários das minas...”
A partir do ano de 1808, com a vinda da família Real portuguesa e com a conseqüente liberação da exploração, surgem várias forjas em Itabira que passaram a fornecer instrumentos para a mineração, para a lavoura, de uso doméstico e armas de pequeno porte. Segundo Eschwege, um proprietário de forjas de Itabira, foi o primeiro a estirar o ferro através de malho hidráulico.
No ano de 1817 a cidade conta com treze forjas e uma fábrica de espingardas assim descrita por Saint-Hilaire: “ O fundador dessa fábrica forjava o ferro em pó e fabricava o carvão por ele empregado, imaginara e mandara construir máquinas hidraúlicas para insuflar o ar nos fornos e bater o ferro, ele próprio instruía os negros e os mulatos que fabricavam diversas peças de sua arma”.
Em 1825 Itabira é elevada a categoria de freguesia. Sete anos mais tarde se transforma em Vila e em 1848 é elevada à condição de Cidade, desligando-se definitivamente de Caeté, a quem até então respondia administrativamente, contando com três distritos: Senhora do Carmo, Ipoema e São José da Lagoa.
O comércio principalmente do ouro era feito com pagamento das medidas denominadas Oitavas e Onça. A oitava era uma unidade de medida de peso equivalente a 3,586 gramas ou 72 grãos. O mesmo peso em ouro tinha valor estipulado, que variou ao longo do século XVIII. Até 1725 correspondeu a 1.500 réis; entre 1725 a 1730 a 1.200 réis; entre 1730 a 1732 a 1320 réis; 1732 a 1735 a 1.200 réis; 1735 a 1751 voltou ao valor de 1.500 réis e a partir de 1751 passou a valer 1.200 réis.
Uma onça, é uma unidade de medida multiplicada. Ou seja, uma onça equivale a 26,68 gramas; ou uma onça, é a pro rata de oito oitavas.
A Comarca na região e freguesias em conformidade com as observações feitas pelo Dr. Caetano da Costa Matoso, ouvidor geral de Ouro Preto, em 1749, a partir do código Costa Matoso, esta tinha sua circunscrição e jurisdição a partir do Rio das Velhas parte do norte com os currais e sertões da Bahia; do sul parte com a do Rio dos Montes, pelas montanhas de Itabira, inclusive, e com a de São Paulo; pelo leste com a do Ouro Preto, pelos limites da passagem do Garavato e das Catas Altas; e do oeste pelos sertões sem conhecimento dos limites. Pág. 907 – fl.499v. Código Costa Matoso do dr. Caetano da Costa Matoso, ouvidor-geral do Ouro Preto, de 1749.
As Serras / Morros / Montanhas na região da circunscrição era a de Parauapiacaba, que é uma grande cordilheira que corre a [costa]; Cubatão a subida de Santos para São Paulo; subida de Parati ou de Paraitinga para cima da dita serra ou // Cordilheira no Caminho Velho; Boa Vista, trânsito de subida na serra do Caminho Novo do Rio de Janeiro para as Minas; Cordilheira da Mantiqueira, morro do Rio das Mortes com beta de ouro; Ponta do Morro, no Arraial Velho; Camapuã; Itabira; Itapanhoacanga; Itacolomi; Serra do Frio; Morro da Conceição; Fazendas de engenhos; roças; arraiais; povoados e lugares; termos das vilas e onde se dão catas para tirar ouro; passagem para Itamarandiba, onde se toma o caminho para o descobrimento das esmeraldas e para a lagoa Dourada. fl. 4.980.
As lavras – Auiruoca; Ibitipoca; Araial velho; Conconhas; Itaverana; Itabira; Caraça; Guarapiranga; Camargos; Catas Altas; São Mateus; Santa Bárbara, Itambé, Itacambira, Conceição. O Autor diz deixar de mencionar outras infinitas, por não fazer maior prolação. Faz somente menção das referidas, porque delas se trata em outros lugares deste itinerário, para se saber onde estejam situadas. Pág. 906 [fl 498v].
A sociedade neste primeiro século do povoado de Itabira, era estrutura em classes definidas e em posição privilegiada para os brancos em grandes mineradores, fazendeiros, altos funcionários públicos, comerciantes, eclesiásticos. Em nível intermediário, os mulatos, os mestiços e pardos, que exerciam atividades urbanas diversificadas.
Em terceiro... Os negros. Que pela sociedade local eram propriedade, bem particular, máquinas de produção e diante de uma vida de humilhação e subserviência atuavam em diversas atividades produtivas ou domésticas; e representavam o sustentáculo do sistema da sociedade econômica implantada em Minas Gerais.
Neste período a igreja Romana intensifica suas ordenanças e com a cultura religiosa surgem as irmandades a exemplo da Santíssimo Sacramento, a de Senhora das Dores e Senhora do Rosário, além da Ordem terceira de São Francisco de Assis.
03. CAUSA E EFEITO
O EFEITO Itabira de nossos dias, está ligado a CAUSA do acaso, o qual chamamos de destino. Itabira já estava destina a ser o que é hoje... A obra do acaso, a obra materializada do Pico de Ferro ou Pedra que Brilha, a obra da curiosidade alheia e a obra da cobiça, foram ingredientes ocorridos no passado, que culminaram com um futuro... que não fazia parte do imaginário das primícias do início do século XVIII.
Em meio à contemporaneidade olhamos para trás... E deparamos com um caminho traçado por várias gerações que se fixaram na localidade e contribuíram para a formação do que é Itabira na presente data.
Havia um dia em que tudo por aqui era mata fechada desde milênios antes de Cristo Jesus o Senhor dos Cristãos.
Havia um povo que estava nesta terra de pico montanhoso alto e que brilhava altivo. Era uma tribo indígena denominada por Botocudas e temidos pelos casos de antropofagia. A região em si, nos idos de 1700 já estava ocupada, dominada e povoada pelos portugueses e sua Coroa Estatal, politicamente organizada na cidade de Caetés. A atual e pequena cidade de Itambé do Mato Dentro, já se destacava ao norte pelos caminhos de exploração dos representantes do reinado de Portugal.
Na busca de riquezas minerais mato a dentro, homens em nome da coroa portuguesa e de seus ideais, sempre alcançando regiões desabitadas de civilização de homens brancos e negros, porém habitadas pelas peles das raças vermelhas dos indígenas, com olhares aventureiros (hoje olhos empresariais), curiosos diante da imponência e majestosa pedra singular, colocaram a tropa na estrada e de picada em picada mato a dentro e ou caminho já pré-existentes, chegaram diante da Pedra que Brilha.
Estar diante dessa pedra, era o EFEITO de uma curiosidade que foi a CAUSA de determinado desejo da busca, que vislumbrava o interesse do enriquecimento patrimonial, diante das notícias de que padres pioneiros, já haviam encontrado ouro branco no local e outros minerais.
A busca do ouro nas picadas mato a dentro até chegarem ao pé de uma pedra, que alta, brilhava ao longe e atraia a atenção. Quantos na busca do Eldorado, Brasil, ao passar por Itambé, não observaram a Pedra Alta e que Brilhava pela sua hematita, com suas atenções voltada para o azimute local, pensando na possibilidade de encontrar muito... muito ouro. A pedra era enganosa... A pedra era desejada... Ita era desejada... Alta e brilhosa atraia a visão... Bira atraia a visão dos viajantes em busca do Eldorado.
Outrora, deveria ter outro destino nesta região caso não surgisse o EFEITO curiosidade/cobiça, que pudesse CAUSAR a iniciativa daqueles homens lembrados nesta posteridade. Também, não podemos subestimar a inteligência de outros homens aventureiros em momentos posteriores, mais tarde, pudessem fazer deste local, o seguimento civilizado contemporâneo.
Século XVIII, ocupação e povoamento iniciando-se uma primeira fase da mineração rudimentar; primeira sociedade, irmandades e os costumes que se inspiravam em peculiaridades do local. O ciclo do ouro passou a ser o significado maior e em relação a outros torrões brasileiros, ao pé de Ita, era uma pequena escala de produção de ouro granulado, que logo seria escasso. Com isso o que seria da vida ao pé da pedra alta e que brilhava. Bom, ouro, café e ferro eram ciclos básicos em Minas Gerais; e ouro e principalmente ferro, com o tempo, Ita se destacava.
Século XIX, após um século o município teve outra dinâmica na vida social e em seus costumes e crescimento do povoado; com a exploração do minério de ferro; a evolução administrativa e atividades agrícolas, a Ita e Bira, na agricultura tornou-se uma atividade fortalecida e ficando como a principal atividade econômica com base na economia, com conseqüente crescimento agropecuário e de comércio regional. Surgiram com o tempo a atividade da indústria têxtil e de artefatos de couro e ferro, escola agrícola, hospital, demografia crescente na área urbana, os músicos e a imprensa, passando o lugar de povoado a freguesia e logo para cidade
O terceiro século ou século XX, trás mudanças na vida política com o personagem dos Coronéis, mudança da vida social e costumes, a fotografia e cinema, a elevação demográfica e da aparência da fisionomia da cidade.
A civilização na região ou ao pé da Pedra que Brilha, é um EFEITO que poderia ter surgido mais tarde ou nunca ter ocorrido. São quantas as pedras que brilham por aí, que ainda serão descobertas como jazidas de mineral. Quem diria que a pedreira da Belmont, na estrada para Nova Era-MG, seria uma grande jazida de minério de pedra e esmeraldas? Podemos observar que o EFEITO curiosidade, desejo, era a CAUSA da busca de riquezas na região ou ao pé da PEDRA QUE BRILHA. O efeito em causa, levou aqueles homens para uma rota que poderia ser mais promissora. E foi, somente com o tempo!
Ver a Pedra...
O roteiro dos bandeirantes, erguendo a bandeira da Coroa Portuguesa, administrando uma tropa, advindos de Vila Nova da Rainha (Caeté), direcionavam-se para a região do Vale do Rio Doce, ora direcionados para o Rio Piracicaba e ora direcionados para Itambé e Gaspar (morro do Pilar) e outras localidades em que os caminhos daquela época interligava na região.
Hoje no meio do caminho não tem mais a pedra, tem hoje um povo chamado itabirano. Povo este que ficou sem o seu maior referencial. O que será do povo? Ficará como outras cidades sem o ferro. Temos hoje a CVRD que mantêm uma relação de amor e ódio com Itabira. Ódio na visão poética do pico que não mais existe e amor da função paternalista e de parceria econômica. A cidade ainda vive em muito em função da Companhia Vale do Rio Doce, apesar de dar mostras de sua inspiração cultural e educacional pelas faculdades que abriga.
Por falar em Causa e Efeito, a segunda grande Guerra Mundial, foi um marco na criação da Cia Vale do Rio Doce para fornecer e suprir o governo da matéria prima de ferro hematita.
A primeira CAUSA e o primeiro EFEITO... Do verbalizado Mapa da Mina de 1705 a ... 1720 – ano oficial do desbravamento de Itabira;
1775 – construção da Igreja de Senhora do Rosário dos Negros (Pretos);
Século XIX (1ª metade)
1808 – Início da exploração do minério de ferro, até então proibida; cresce a quantidade de forjas para o beneficiamento do ferro de hematita que produzem instrumentos para a lavoura e armas de pequeno porte; Expansão da lavoura de subsistência nas fazendas; Município se consolida - construção de sobrados e casarões;
1825 – Itabira é elevada à categoria de Freguesia;
1833 – se transforma em Vila;
1848 – É levada à condição de Cidade;
Século XIX (2ª metade)
Declínio na produção do ouro e na exploração do ferro, devido à abolição da escravatura;
Início do processo de sustentação através de uma economia voltada para o mercado interno;
1859 - Inauguração do primeiro hospital na cidade;
1870 As manufaturas recebem grande impulso, têm suas raízes nas indústrias domésticas e de beneficiamento dos produtos agropecuários já produzidos desde as origens do povoado; Para se ter uma idéia, das 29 fábricas téxteis instaladas em Minas Gerais entre as décadas de 1870 e 1880;
1876 e 78 – a cidade tinha duas fábricas têxteis das 29 indústrias no Estado - as fábricas da Pedreira e da Gabiroba; Inauguração da fábrica de tecidos da Gabiroba (1876); A cidade também cultiva os gêneros de primeira necessidade além de café e uva para o fabrico de vinho. Com a abolição da escravatura, inúmeros fazendeiros abandonaram a lavoura preferindo dedicar-se à pecuária;
1881 - Criação do Instituto Agronômico para a melhoria da produção agropecuária da região;
1884 - Inauguração do posto de Telégrafo;
Século XX
Agricultura se expande com a cidade exportando mais de 100 mil arrobas de café e grande quantidade de cereais. Funcionam fábricas de ferro abastecendo as oficinas de ferreiros, fábrica de vinho e de chapéus de palha, ainda, serralherias e fábrica de esculturas. Oficinas de arreios, fábrica de massas e diversos moinhos;
1902 - Nasce o poeta Carlos Drummond de Andrade;
1907 – Inauguração do Grupo Escolar Doutor Carvalho de Brito (hoje Escola Estadual Cel. José Batista), a segunda escola estadual implantada em Minas Gerais;
1910 - Construção da empresa americana Itabira Iron Ore Company Limited para a exploração do minério de ferro, a cidade volta a fazer parte dos interesses do comércio internacional;
1911 – Inauguração do primeiro cinema da cidade;
1925 – Criação da Associação Comercial de Itabira.
1926 – Instalação da primeira agência bancária em Itabira e do Banco Comercio e Indústria de Minas Gerais S/A;
1930 – A cidade já contava com três colégios de 1º e 2º graus;
1939 – Criação da Compainha Brasileira de Mineração e Siderurgia;
1942 – A Compainha Brasileira de Mineração e Siderurgia se transforma em Companhia Vale do Rio Doce e criação do Valério Doce Esporte Clube;
1950 - Criação do grupo Escolar Major Lage;
1959 - Criação do Colégio Comercial Itabirano;
1960 – Criação do Clube Atlético Itabirano;
Anos 60 – Criação de diversas instituições educacionais como FIDE, EMMZA e Grupo Estadual Major Lage;
1965 - Criação da Fundação Itabirana Difusoras do Ensino FIDE e da Diocese Itabira/Coronel Fabriciano;
1968 – Criação da Faculdade de Ciências Humanas de Itabira;
1970 – Nos anos setenta e oitenta, a cidade se mobiliza em busca de alternativas econômicas com a transferência das atividades da CVRD para outras regiões do país;
A Cia. Vale do Rio doce monopoliza a mão-de-obra, absorvendo 90% desta e inunda a área da Fazenda do Pontal;
Década de 70 – A casa Fazenda do Pontal é desmontada e inaugurados diversos clubes de caráter recreativo;
Em 1973 o clube ATIVA; em 1978 o clube ARFITA; em 1979 o clube REAL CAMPESTRE;
1975 – Itabira é reconhecida pela UNESCO como Cidade Educativa; A cidade recebe o “Selo de Cidade Educativa”;
Década de 80 – Começam as discussões quanto ao futuro da cidade; iniciou-se a criação do CDI (C. D. Industrial); Criação da Agência do Crescimento e desenvolvimento Econômico de Itabira;
Elaboração do Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Itabira (IPAC), pelo IEPHA-MG (Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais);
1982 – Criação da Fundação cultural Carlos Drumond de Andrade;
1983 /1987 – Criação e inauguração do Parque de Exposições Virgílio Gazire;
1988 – Tombamentos Municipais;
1993 – Inauguração do prédio atual da FUNCESI - Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira;
1997 – Privatização da Companhia Vale do Rio Doce;
1998 – Criação do Banco do Povo e inauguração do Memorial Carlos Drummond de Andrade;
Século XXI
2000 – Assinatura da Licença de Operação Corretiva para a CVRD;
A partir de 2001 – Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento do Município de Itabira e reconstrução da Fazenda do Pontal;
2002 – Centenário do poeta Carlos Drummond de Andrade;
2005 – Um cidadão negro assume a prefeitura de Itabira – Bel. João Isael. Em 2006 – Comemora-se os 300 anos de história da Pedra que existia no Meio do Caminho;
28/09/2006 - Desfile de 9 de outubro terá Dragões da Inconfidência e cadetes
da PM.
O que Itabira apresentaria de dinâmica contemporânea, neste ano em relação a história de sua iniciação em 1705? Uma grande dinâmica de uma cidade de porte médio que é, a exemplo do que é hoje o nosso dia-a-dia, estamos vivendo o EFEITO do Tempo. O que será o Efeito Tempo em 10, 50, 100, 200 anos em Itabira com ou sem o ferro? Qual será os próximos Mapas? Seria o Mapa da Educação?
O Maior Trem do Mundo leva o pó da terra, o mineral, a hematita de Itabira, leva a antiga imagem da Pedra que Brilhava e deixa a saudade daquele brilhante que não mais existe. Itabira deixou de ser Itabira dos Índios para ser uma cidade itabirana.
Os padres do padroado do Vaticano e Coroa Portuguesa, tinham verbalmente repassado o Mapa da Mina, quando no tempo do “devagar”, tudo começou...
04 - CASA DE CÂMARA E CADEIA
Os prédios públicos sempre foram os símbolos da organização do Estado e do Município. A partir do século XVIII, sob influência iluminista, já na demarcação do termo da vila, ficava reservado o terreno onde se construiria a Casa de Câmara, Cadeia, a igreja e o pelourinho. Na Europa a Casa de Câmara e Cadeia era o edifício representativo do poder burguês e da riqueza da cidade, confrontando e competindo com as igrejas, apresentando ostentação e ocupando lugar de honra na cidade: - a praça central ou mercado.
Em itabira, depois da elevação de freguesia à vila, os poderes administrativos se instalaram de forma semelhante, na casa em frente ao largo da Matriz que, segundo informação local, teria pertencido ao Major Paulo José de Souza, primeiro presidente da Câmara, no período de 1833 a 1837.
Originalmente casa terra, foi ampliada no final do século XIX, ganhando o segundo pavimento, e foi sucessivamente ocupada pela Câmara, Cadeia, fórum e Prefeitura. Entre os anos de 1983 e 1984, foi restaurada, passando a ser de uso exclusivo da Câmara. Em 1993 passou a sediar o Museu de Itabira. Situa-se em lote aberto, na praça do Centenário, estando ligado à praça do chafariz na rua Major Paulo, através de becos laterais utilizados por pedestres. É tão importante para a ambientação destas praças, principalmente a do chafariz, que recebe tratamento nobre na sua fachada posterior.
05. DESENVOLVIMENTO
Itabira é a sétima cidade de Minas em qualidade de vida
Nessa quinta-feira, 16/03, o jornal “Estado de Minas” divulgou a primeira edição do Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) das 853 cidades do Estado. O IMRS foi anunciado no dia 15 de março pela Fundação João Pinheiro.
O Índice avalia o desenvolvimento social e gestões administrativas dos municípios. Esse estudo, que tem como base o ano de 2004, contemplou uma pesquisa de qualidade nas seguintes áreas: saúde, educação, segurança pública, habitação, meio ambiente, cultura, desporto e lazer, renda e gestão fiscal.
A melhor posição do ranking ficou com Belo Horizonte com um índice de 0,758%. Itabira ocupa a sétima posição com 0,733%. A pesquisa sobre o IMRS foi determinada pela Lei Estadual 15.011, que foi aprovada em dezembro do ano passado.
“O IMRS será divulgado com maior periodicidade que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O IDH é revelado a cada dez anos. As pesquisas de IMRS serão apresentadas de dois em dois anos.”
Confira o ranking das 10 principais cidades de Minas em IMRS
1) - Belo Horizonte- 0,758%
2) - Poços de Caldas- 0,747%
3) - Sacramento- 0,745%
4) - Canápoles- 0,736%
5) - Nova Ponte- 0,736%
6) - Cachoeira Dourada- 0,734%
7) - Itabira- 0,733%
8) - Varginha- 0,728%
9) - Extrema- 0,727%
10) - Iturama- 0,727%
06 – POLÍTICO
Atualmente Itabira é comandada por um prefeito de origem humilde e de cor negra. Isso mostra o amadurecimento político da cidade, que em meio a dança de partidos políticos que assumem o poder, a cor negra e o histórico de pobreza de um cidadão, também dá mostras de menor ou nenhum preconceito de raça.
Na área política, assim como na social, Itabira seguiria naquele século IXX para XX a vigência do padrão que o Estado empunha. Estabeleceu o Federalismo de governo da república, fortalecendo os grupos oligárquicos locais com maior poder político e mesmo legitimado, e desempenhando papel de decisão na manutenção do sistema que implantara.
A força da oligarquia, politicamente na pessoa de seus representantes, recebiam o título de “major” ou de “Coronel”, a exemplo do que ocorria anteriormente no Império para o comando local da Guarda Nacional. Com isso, o chefe político pactuou com o governo republicano de modo a garantir para a política da situação, os votos da área de influência. Em troca recebia verbas e concessões que lhe possibilitava exercer liderança e até efetuar diversos melhoramentos em seu município. Dessa forma o Cel. José Batista Martins Costa, presidente da Câmara Municipal de Itabira, e seu sucessor, Alexandre Drummond, puderam implantar a iluminação pública e outros serviços.
A política dos governantes ou coronelismo, foi facilitada pelo fato de o voto não ser secreto, as chamadas “eleições de bico-de-pena”, permitindo ao chefe político local, saber quem eram os seus eleitores e opositores, e manter com aqueles um sistema de favores e apadrinhamento.
Não obstante persistir o coronelismo em Itabira, sua população mantinha-se atualizada quanto aos assuntos políticos, que acompanhavam com o mesmo interesse dos grandes núcleos urbanos do País. Tanto que nas eleições de 1910, o candidato da oposição para a presidência da República, Ruy Barbosa, ali saiu vitorioso. Seu programa de governo recebeu grande adesão das classes médias urbanas, sensibilizadas com a campanha para a instituição do voto secreto como forma de moralizar as eleições.
No início de sua vida administrativa, não existia prefeitos. A cidade era governada pelo poder executivo administrado pelos presidentes da Câmara. Até 1934 não existia a figura do prefeito e a administração anterior iniciou em 1833, com os seguintes governantes:
1) Sargento-Mór Paulo José de Souza (Major Paulo);
2) Sargento-Mór Joaquim da Costa Lage (Major Lage);
3) Monsenhor José Felicíssimo do Nascimento;
4) Sr. Fernando Antônio Drummond;
5) Sr. João Batista Drummond;
6) Padre José Júlio de Oliveira;
7) Dr. Joaquim Carneiro de Miranda;
8) Sr. Nicolau José de Menezes;
9) Sr. Antônio Alves de Araújo;
10) Sr. José Antônio da Silveira Drummond;
11) Sr. Joaquim Carlos da Cunha Andrade – Barão de Alfié;
12) Sr. José Antônio da Silveira Drummond (2º Mandato);
13) Sr. Theophilo Monteiro Chassin Drummond;
14) Sr. Domingos Martins Guerra Cabral;
15) Sr. Custódio Martins da costa (Guarda-mór Custódio);
16) Sr. Theophilo da Costa Lage;
17) Comendador José Antônio da Silveira Drummond (3º Mandato);
18) Coronel José Baptista Martins da Costa (2º Mandato).
Os prefeitos iniciaram seus mandatos em 1935, e a seqüência de seus governos seguem da seguinte forma:
1935 – Dr. Mauro de Alvarenga, deixou o governo por não aceitar a ditadura;
1937 – Ditadura;
1939 – Antônio Camilo de Faria Alvim;
1941 – Farmacêutico João de Oliveira Torres – Sr. Lolão;
1943 – Dr. Waldir Laperrière;
1944 – Otto Camillo de Oliveira Penna;
1944 – Dr. Ademar Pimenta Brant;
1945 – Dr. José de Grisolia;
1946 – Emílio Zacarias Silva;
1948 – Dr. José de Grisolia – (2º Mandato);
1951 – Luiz de Melo Brandão;
1955 – Virgílio Quintão;
1959 – Vice José Eliziário Barbosa;
1961 – Daniel Jardim de Grisolia (deputado em 1963);
1963 – Wilson do Carmo Soares e o Vice José Machado Rosa;
1967 – Daniel Jardim de Grisolia (2º Mandato) e o Vice Virgílio José Gazire;
1971 – Padre Joaquim Santana de Castro;
1973 – Virgílio José Gazire e o Vice Sílvio de Alvarenga Carvalho;
1977 – Dr. Jairo Magalhães Alves e o Vice Milton Dias Santos;
1983 – Virgílio José Gazire;
1983 - Dr. José Maurício Silva;
1989 – Luiz Menezes;
1993 – Olímpio Ozires Guerra;
1997 – Jackson Alberto de Pinho Tavares;
2001 – Ronaldo Magalhães;
2004 a 2008 e 2009 a 2012 - João Izael Quirino Coelho;
OBS... O Capitão-Mor, de Itabira tinha em sua Companhia 160 homens.
07 - COSTUMES & CULTURA - PASSADA E CONTEMPORÂNEA.
VIDA NOTURNA .
Hoje Itabira tem uma boate de nome Tendas, que fica retirada do centro da cidade, na localidade da Chapada, rodovia MG 129; além de uma o outra que já foram mencionadas nesta instrumento.
ZONA BOÊMIA
Sem hipocrisia, não poderíamos deixar de falar de alguns costumes do nosso povo que em muito leva o título de Cristão. E qual o tipo de compromisso do povo em si com o Cristianismo não podemos julgar, mas pode-se aquilatar por alguns costumes, tido por alguns ser um mal necessário. Na cidade em pleno centro, em área urbana, a cidade mantinha até recentemente como destaque a aparência de boates, que em seus fundos guarnecia um contingente de pessoas que ali residem e fazem mercancia da relação libidinosa ou fornicação. Graças a ação do Ministério Público local na pessoa do Promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcelos de Castro, ela foi fechada, isto posto, diante do ato escandaloso, porque era usado um imóvel da prefeitura. Dá para ter nojo, daqueles que administram a prefeitura de Itabira. E esperar que Polícia Civil fosse capaz de cumprir seu dever... Precisava mesmo chegar um promotor de justiça na comarca, com condições morais para tal.
Com nome o fantasia existia a Boite Te Contei, administrada há 42 anos pela pessoa do Sr. Otacílio Pereira dos Santos, vulgo “Chiquito”; e Nilca Maria de Sena Paranhos, que há 21 anos sobrevivem da zona boêmia, ambos no mesmo complexo que existia do bº Esplanada da Estação. Hoje a zona é na saída de Itabira para Belo Horizonte a qual tem nome de “LA PALOMA” que ao contrário, tal nome fica... “AMOLA PAL” e fica na região chamada Rio do Peixe, sendo uma construção pintada em amarelo e outro mais à frente que parece casa comum, que fica pouco antes do Hotel Chácara e é fácil de observar à noite pela luz vermelha que fica acessa para chamar a atenção daqueles que conhecem o código da zona “luz vermelha, acessa”.
Existe na cidade vários outros destes ambientes de fornicação a exemplo do bº Major Lage de Baixo, bº Machado, bº Gabiroba, bº Fênix e bº Juca Rosa.
Particularmente, a pessoa do Signatário pode afirmar, pelos inúmeros boletins de ocorrência feitos na delegacia de polícia na administração de agosto de 2003 a 2006, que muitos foram os assaltos cometidos a partir deste local. Era comum as vítimas informarem na delegacia, que as florzinhas (mulheres da zona) procuravam observar os valores em espécie, o quanto as vítimas em potencial tinham em suas carteiras e colocavam algo na bebida. E tais florzinhas colocavam o conhecido BOA NOITE SINDERELA nas bebidas. E com o efeito da droga, tais indivíduos eram de forma educada conduzidos para fora da zona, com o intuito de serem propositadamente assaltados.
Que ao saírem para ir embora, alguns rapazes que ficavam dentro da zona boemia e ligados as ditas florzinhas, seguiam a vítima em potencial e a partir da agressão subtraiam a carteira da vítima, levando muitas das vezes todo o salário mensal daquela pessoa. Em alguns casos, a vítima era casada, tendo filhos para tratar e dívidas para pagar. E perguntado o por que de levar o dinheiro para a localidade, podia se perceber que as vítimas queriam passar uma boa imagem para as mocinhas/florzinhas e logo, serem bem recepcionados por elas. E na verdade, tais raparigas como diz o povo do sul do país, estas “florzinhas” aliadas com outros rapazes pré-dispostos à atos do Art.157 do CPB, mediante a agressão física e psíquica cometiam tais atos e ainda, mediante fraude e de riscos a saúde e a vida de tais infelizes à procura de diversão sexual. Ocorreram casos em que as vítimas amanheciam caídas na rua, levantavam para ir embora e nunca conseguiam se lembrar dos rostos de seus algozes. Alguns casos, o indivíduo vitimado, ficava caído até acordar, em dias de mês de maio, junho e junho e exposto ao prejuízo sério de sua saúde.
VIDA CÍVICA
Temos os desfiles de Sete de Setembro ou Dia da Independência e as comemorações da Semana do Trânsito, além do aniversário do aniversário da cidade e desfile de aniversário de Itabira, que contará com duas atrações na edição do tricentenário da cidade, durante este ano de 2006, com as seguintes apresentações agendas:
Um contingente de 60 cadetes do Centro de Formação de Oficiais da Polícia Militar e dois postos de Dragões da Inconfidência, formado por quatro policiais;
Os cadetes, que comporão a guarda de honra e guarda da bandeira, desfilarão com um uniforme de cor azul de época.
Uma banda com 32 músicos completará o agrupamento militar.
O 26º Batalhão desfilará com um pelotão misto formado por militares que atuam no policiamento ambiental, policiamento rodoviário, Goe, Proerd, Rotam e ciclo - patrulha.
Também participarão da solenidade as seguintes instituições civis: Pastoral Familiar Senhora do Rosário, fanfarra do Museu do Tropeiro, escola municipal Antonina Moreira, Combem, Apae, Premem, escola Didi Andrade, Banda Santa Cecília, Funcesi, agrupamento de escoteiros, Interassociação de Bairros, Banda Euterpe, Censi, escola José Gomes Viera, escolas dos distritos, Rotary, Cruz Vermelha, Banda Lira de Fátima, Sindicato Metabase, Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, Clinvet, Itaurb, Saae, Secretaria de Agricultura, Skate, Trail Moto Clube e Fanfarra Municipal.
O desfile, que acontecerá na avenida João Pinheiro, começará às 9h, no dia 9 de outubro.
RELIGIÃO
O Seguimento Católico Romano de Itabira, tradicionalmente apresenta um quadro de mais ou menos 80% de Católicos Romanos. Esta denominação apresenta suas subdivisões a partir dos Jesuítas, Beneditinos, Carmelitas, Franciscanos e tantos outros a exemplo de hoje como o seguimento Carismático, e cada qual de acordo com suas missões e propósitos.
A cidade deve muito à sua criação aos Padres Manuel do Rosário e João Teixeira Ramos que aqui chegaram em 1705, existindo registros de que Itabira já era caminho em 1702, advindos das trilhas que davam noutras estradas para Itambé e Vila Nova da Rainha (hoje caeté).
“Espetáculo extra, eram as missões com padres de fora. Sermões no adro da matriz. Pregadores veementes ameaçando todo o mundo com as penas do inferno, falando no fim-de-tudo, no Juízo Final. A cidade em pânico, sem dormir.” Clóvis Alvim.
A Cúria Diocesana da região tem como sede a cidade de Itabira, com circunscrição que administra inclusive a cidade de João Monlevade e mesmo Coronel Fabriciano. A cúria é o lugar que cuida da parte administrativa, burocrática da igreja. Conta com 24 municípios na região e com 42 paróquias com um pároco cada uma. Na região temos na diocese instalada, a primeira diocese em Itabira, a segunda em João Monlevade e a terceira em Cel. Fabriciano.
Havia na região três bispos, sendo que o bispo é Dom Edilon Guimarães Moreira, que atualmente tem a competência recebida, já os demais, eram bispos eméritos como Dom Mário que se chamava Jésus Teixeira Gurgel e que faleceu recentemente, fato ocorrido no dia 15 de setembro passado e Dom Lélis Lare.
A cúria é um setor ou organismo de uma diocese, que com os recursos humanos dão suporte ao pároco diocesano, o Bispo, e apoio no exercício do poder judiciário canônico (C.469. 474). Esta foi criada em Itabira em 14/06/1965 e instalada em 29/12/1965.
A cúria de uma diocese é composta de várias paróquias ou forunias. Já uma arquidiocese, é nada mais que uma diocese com uma circunscrição territorial de maior extensão do que as demais. Os bispos muitas das vezes recebem títulos de Dom (que significa senhor) e Monsenhor.
E ainda, temos o título de PAPA que é uma abreviatura de Pater Patrus, ou seja, PAI DE TODOS, titulo este que os reformadores da igreja sempre protestaram, passando a ser chamados de protestantes e hoje conhecidos por evangélicos. E a não aceitação do título PAPA, é justificada pelo fato de PAPA ser um título somente para o Eterno, para o Criador, o Todo Poderoso e Senhor dos senhores, pois seu significado é PAI DE TODOS e o rei de Roma não poderia permitir aceitar tão título designado somente ao Pai Criador de tudo e de todos.
A história de Itabira com esta denominação religiosa é muito grande, principalmente pelo papel que os padres no exercício do Padroado, em que atuavam não diretamente como padres, mas com o aparelho ideológico da Coroa, governo do Imperador. O Regime de Padroado, com o aparelho ideológico do poder, permitiu que na condições de homens capacitados e competentes para o exercício do estado, fizessem a junção com a igreja. A Coroa cresceu juntamente com a igreja Romana, disputando os principais lugares a cada lugarejo que nascia uma freguesia e vila.
Papa, Cardeais, Bispos, Padres, Padres Ministros ou Padres Religiosos, Ministros leigos e os membros da igreja.
Paróquia – unidade de jurisdição da diocese também chamada de freguesia, com igreja (templo) destinada ao culto ou celebração espiritual público. A função do pároco é a cura das almas de sua comunidade de fiéis, além de sua função administrativa junto a cúria.
Em Itabira a igreja Católica tem sua sede na Catedral na praça do centenário, centro com bº Penha.
O seguimento Católico Cristão, denominado de Evangélico conta com mais ou menos 20% da população. E subdivide-se nos seguimentos Presbiterianos, Batistas, Metodistas (metódico), Deus é Amor, Universal, Itabirana, Vinha do Senhor, etc.. Esta diferença se assemelha a religiosidade romana, porém se difere em muito na metodologia em que somente prega o Cristo [ungido] vivo e não morto; tem Cristo como o centro da igreja e não aceita doutrina de canonização por entender que é ante-bíblica já que contraria o primeiro mandamento de adorar a Deus e não a imagens de gesso e de pau. Além de algumas peculiaridades e do casamento dos líderes eclesiásticos. Têm como base a bíblia e o principiar das teses de Martinho Lutero, que abandonou a igreja romana. Essa diferencia de denominações no seguimento evangélico, é o mesmo seguimento das irmandades e missões na Igreja católica Romana. As igrejas evangélicas é o mesmo seguimento, porém, Católica Apostólica (Não Romana). Isto posto, porque Católico significa Universal – Para todos, e, Apostólica, porque advém de apóstolo – aquele que ensina. Ou seja ainda, que o ensino do evangelho de cristo e para todos, é universal e não está preso aos ritos religiosos das denominações com vários nomes de suas missões e ou irmandades.
A igreja Presbiteriana, que surgiu de Calvino. E iniciou seus trabalhos em Itabira e há algumas décadas está localizada na rua Platina,410, Bairro Major Lage. E já contou com duas escolas, sendo uma para crianças de 03 a 05 anos e também do curso de informática, este sem custos, objetivando atender as pessoas necessitadas.
A igreja Metodista, que surgiu a partir de John Wesley. E iniciou seus trabalhos em Itabira no século passado está localizada na rua Alfredo Sampaio, no bº Pará, e presta serviços de recolhimento de alimentos e agasalhos e roupas em geral para ajudar os mais necessitados do bairro Fênix, local onde mantêm um prédio de congregação de membros local. Esta denominação foi a primeira a iniciar em Itabira os trabalhos do seguimento evangelístico.
A igreja Batista Central, que surgiu há séculos atrás, iniciou seus trabalhos em Itabira em também no século anterior está localizada na av. Das Rosas, centro. A igreja Assembléia de Deus, Assembleianos, iniciou seus trabalhos em Itabira no século passado usando o templo da igreja Metodista para celebrarem seus cultos. Está localizada na rua Dona Eleonora, centro.
A igreja Universal, que surgiu em há poucos anos na cidade e partir de Bispo Macedo há algumas décadas. Está localizada na av. Carlos Drummond de Andrade, centro, ao lado do Centro Cultural.
Existe também alguns outros seguimentos da igreja evangélica na cidade, que atuam a partir do mesmo princípio em não dividir a adoração/devoção e reverência a Deus com outras DIVINDADES ou deuses e imagens, de ter Cristo Vivo (Yaohushuá - no hebraico) como o centro de suas doutrinas, sendo ele o próprio Deus, tendo a Bíblia como instrumento de alimento e estudo diário e referência da própria fé. O próprio nome no hebraico - Ivrit dizemos com todo respeito e reverencia a sonorização da intimidade "Yaohu" e... O qual se fez homem, recebendo o nome de SALVADOR ou em hebraico - Ivirt a palavra "SHUÁ" o qual é comumente mais conhecido por Jesus ou Iesus e ainda por Iesu.
Quando o SALVADOR (Shuá) em suas palavras nos evangelhos da Palavra diz: - "Quem vê ao Pai vê a Mim; e quem vê a Mim, vê ao Pai". Esta em sí, traduzindo o seu nome, pois a palavra Ivrit - hebraica "YAOHU" é o nome designado de intimidade do Eterno e Criador que chamamos por Deus. E a palavra "Shuá" é a sonorização hebraica que significa SALVADOR. Portanto, o Pai se fez filho, se criou e se fez homem por amor a coroa de sua criação, a saber o Homem, para salvar esse de sua queda espiritual. Ora, daí o por que, quando o SALVADOR dizia: "Quem vê amim, vê ao Pai... e vice-versa, deparamos este fato em seu próprio NOME, pois leva o nome do Pai. "YAOHU-SHUÁ".
Também leva o nome do Pai o povo conhecido por judeu, mas não é este o seu nome e sim YAOHU-DÁ (singular) ou YAOHU-DIM (plural). Também leva o nome do Pai, a cidade deste povo conhecida no portugues por Jerusalém, mas que deveria ser chamada por 'YAOHU-SHALIEM".
O Seguimento Espírita em Itabira conta com algumas divisões. Desses seguimentos temos o Candomblé, Cardecistas, Umbanda, Gnósticos, Maçonaria, Cultura Racional e outros. Destes, que dependem de sangue como forma de energia perante suas divindades, temos o Candomblé, Umbanda e Maçonaria (esta sempre no mês de maio e os animais de sacrifício sempre são bodes e ocorrem no bairro Eldorado, em Itabira, em que tais ritos não são abertos à população).
Por falar em Maçonaria, é a RELIGIÃO de um MUNDO UNIFICADO, que ABRAÇA TODAS AS RELIGIÕES dos mistérios antigos. (Morals and Dogma de Albert Pike pg 524 e 541, Vigésimo Sexto Grau; pg 624, Vigésimo Oitavo Grau). Eis aí a religião do anticristo e está presente em todas as denominações onde não é permitido falar sobre ela, pois já exerce a APOSTASIA DA FÉ. O Deus deles é GADU. No 14º grau, na página 226 lemos: A maçonaria, em volta de cujos altares o cristão, o judeu, o Mulçumano, o Hindu e os seguidores de Confúcio e Zoroastro PODEM REUNIR-SE COMO IRMÃOS e UNIR-SE EM ORAÇÃO àquele deus [nota do autor: na verdade representa todos os deuses falsos] que está acima dos baalins, precisa deixar ao encargo de cada um dos iniciados a busca do fundamento da fé e esperança nos registros das escrituras de sua própria religião.
O Anticristo recebe adoração do mundo. Está escrito Apocalipse 13:3, 4, 8 “Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou...
O Anticristo recebe adoração do mundo. Está escrito Apocalipse 13:3, 4, 8 “Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou...
Ong Mashiense Laércio e Comunidadeseguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela? E Adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo.”
Quem é JABULOM? No grau do Real Arco do Rito de York quando o maçom supostamente encontra a Arca da Aliança perdida nas ruínas do templo de Salomão, descobre o verdadeiro nome de Deus como sendo “JABULOM”.
JÁ = JAHWEH (Jeová para evangélicos e com toda reverência e muito respeito falo a sonorização “Yaohu”, esta para os judeus) Salmos 68:4
BUL = BAAL ou Bel (deus Cananita) I Reis 16: 29-33
OM = OSÍRES (deus sol egípcio) Gênesis 41:45-50
(COIL‘S MASSONIC ENCYCLOPEDIA, PAG 516 - Maçonaria e Fé Cristã - John Scott Horrell PÁG 73)
A palavra sagrada do grau 17, Conselho de Cavaleiros do Oriente e Ocidente é ABADOM (COIL‘S MASSONIC ENCYCLOPEDIA, PAG 516 Maçonaria e Fé Cristã - John Scott Horrell pg 73)
Está escrito - Apocalipse 9:11 E tinham sobre si rei, o ANJO DO ABISMO; em hebreu era o seu nome Abadom,
Quem é JABULOM? No grau do Real Arco do Rito de York quando o maçom supostamente encontra a Arca da Aliança perdida nas ruínas do templo de Salomão, descobre o verdadeiro nome de Deus como sendo “JABULOM”.
JÁ = JAHWEH (Jeová para evangélicos e com toda reverência e muito respeito falo a sonorização “Yaohu”, esta para os judeus) Salmos 68:4
BUL = BAAL ou Bel (deus Cananita) I Reis 16: 29-33
OM = OSÍRES (deus sol egípcio) Gênesis 41:45-50
(COIL‘S MASSONIC ENCYCLOPEDIA, PAG 516 - Maçonaria e Fé Cristã - John Scott Horrell PÁG 73)
A palavra sagrada do grau 17, Conselho de Cavaleiros do Oriente e Ocidente é ABADOM (COIL‘S MASSONIC ENCYCLOPEDIA, PAG 516 Maçonaria e Fé Cristã - John Scott Horrell pg 73)
Está escrito - Apocalipse 9:11 E tinham sobre si rei, o ANJO DO ABISMO; em hebreu era o seu nome Abadom,
A pirâmide (obelisco) representa o Deus SOL, bem como, a divindade do sexo e lembrando o pênis do homem, muito comum em praças de todo mundo. E o curioso, é que ninguém sabe que obelisco foram feitos para adoração de tal divindade. E infelizmente, no próprio Vaticano, temos vários obeliscos.
A cidade de WASHINGTON e assim como a de BRASÍLIA foram construídas nos ensinos maçônicos do antigo Egito e da cabala Judaica. A cidade de Brasília é a cópia da antiga cidade do Egito, que existiu há 3.580 anos, chamada de Akhetaton, construída às margens do rio Nilo pelo faraó Akhenaton que era o deus Sol reencarnado pelo presidente Juscelino Kubitschek.
Segundo espiritualistas de várias partes do mundo, Brasília representará no Terceiro Milênio, o que a cidade de Akhetaton deveria representar em sua época. Segundo eles, a cidade de Brasília seria, na falta de outra palavra, a reencarnação da cidade de Akhetaton e o seu destino será resgatar o que se projetou no passado remoto para o futuro da humanidade. (Livro Brasília Secreta, Enigma do Antigo Egito - Iara Kern e Ernani Figueiras Pimentel da editora Pórtico pag 64)
Segundo espiritualistas de várias partes do mundo, Brasília representará no Terceiro Milênio, o que a cidade de Akhetaton deveria representar em sua época. Segundo eles, a cidade de Brasília seria, na falta de outra palavra, a reencarnação da cidade de Akhetaton e o seu destino será resgatar o que se projetou no passado remoto para o futuro da humanidade. (Livro Brasília Secreta, Enigma do Antigo Egito - Iara Kern e Ernani Figueiras Pimentel da editora Pórtico pag 64)
Ong Mashiense Laércio e Comunidade - Estratégia antiga do Anticristo: Estabelecer o CAOS para depois estabelecer a ORDEM. O livro Os Protocolos dos Sábios de Sião escrito em 1902 é de autoria desconhecida. Não importa quem escreveu os 24 capítulos de pura maldade, mas com certeza, inspirado por satanás para instalar o reino do anticristo. Infelizmente Hitler colocou a culpa nos judeus como se esses fossem os autores de tal obra, objetivando justificar sua matança mesmo de crianças inocentes e de tantos outros mesmo adultos, que não conheciam tal livro nem por ouvir falar.
Se o que Está escrito neste livro fosse aplicado a camundongos em laboratórios, seria inaceitável pelas sociedades protetoras de animais e pelos homens de bem, todavia a história e vários autores confirmam a sua aplicação no cotidiano da raça humana. Podemos lembrar fatos recentes, como os atentados terroristas nos Estados Unidos, os quais em TESE foram planejados pelos iluminatis há anos, causando o CAOS acima mencionado. (Prova Concreta Que o Plano dos Ataques às Torres Gêmeas e ao Pentágono Já Era Conhecido Desde 1995! www.espada. eti.br/n1753.asp)
Pelo seguimento do Candomblé em Itabira, foi entrevistado a pessoa do empresário do ramo de comércio Sr. Antônio Marcos de Oliveira, que se diz espiritualista e que atua ou trata pessoas que sofrem a perturbação de espíritos obsessivos. Que tal tratamento é para que a entidade vá para o seu plano espiritual e se desgarre das coisas materiais, deixando a pessoa perturbada livre. Espíritos que estariam arraigados com coisas materiais como dinheiro, alcoolismo, luxúria ou sexo e que ainda não fizeram a transposição para o seu plano definitivo. Plano ou dimensão espiritual em que poderá ser tratado por outros espíritos para que atinja um equilíbrio como outros espíritos já evoluídos.
Este seguimento religioso é representado por entidades espirituais conhecidas como Exus. Estes podem ser Orixás que representam elementos da natureza como Caminho, Mar, Terra, Sol, Céu, lua, Mata, Rios, cachoeiras, Lagos e outros.
Explicou que o Candomblé tem várias nações espirituais a exemplo de Gege, Ketu, Angola, Tambor de Minas e outras. A que ele pertence ou teve sua iniciação ou devoção, é a nação de Gege da República do Beninho, na África.
Este espiritualista foi entrevistado e atende na loja Olissá no prédio da Cobol, na av. João Pinheiro. Disse que Olissá seria no sincretismo religioso a pessoa de Jesus; sabendo que Oxalá, é o mesmo Jesus, que a mudança de nomes a exemplo, varia de acordo com cada nação espiritual acima mencionada.
Disse ainda, que o Orixá Ogum, é o que está mais ligado espiritualmente com Itabira, tendo em vista ser esse o deus dos minerais. E Itabira tem uma grande jazida de minerais de ferros e outros. Sendo este também o deus dos caminhos, da agricultura, da guerra, do ferreiro. E que o suicídio local estaria muito ligado a este espírito, em sua opinião. Disse que Oxalá, Olissá e ou Jesus, seria um Exu Orixá de alta inteligência, denominado também Vodum e não Vudu. Que Candomblé não é magia negra como sempre estão dizendo. Que não existe Pai de Santo como dizem, mas sim zelador ou administrador de terreiros onde fazem seus cultos, reverências, adorações e celebrações. Que a iniciação para ser zelador, é um ritual de reverência e de entrega da vida para aquele tipo de Orixá que será devoto.
Este mesmo empresário disse que os Itabiranos tem um falso pudor de não assumir a religião ou crença, tendo em vista terem vergonha do candomblé. Até mesmo para buscarem velas e outros itens oferecidos pela sua loja, as famílias mais ricas mandam que as empregadas comprem o que querem.
O seguimento espírita de Ubanda não foi encontrado, porém, esta religião seria nada mais, nada menos, que um sincretismo mais forte do romanismo, congado, do candomblé, gnósticos, caboclos e índios. Que envolve a festa portuguesa.
A festa do Congado é originária da Festa do Rosário ou festa portuguesa, que iniciou com o escravo conhecido por Chico-Rei, líder da tribo ligada ao escravo. Era um líder de tribo africana que iniciou na Vila Rica ou Diamantina, tendo este libertado vários outros negros de seu povo, conseguindo formar um pequeno Estado Congo organizado aos moldes do africano. O Congado, vinculado ao culto de Senhora do Rosário, é a reprodução simbólica da história tribal, com a coroação dos reis congos, a representação das lutas entre os negros e os brancos, tornando-se uma inspiração para os costumes de toda uma região.
Existe o seguimento do Kaderzista, Gnóstico e etc. E grande parte dessas informações no âmbito do espiritismo em geral e em Itabira-MG, também foram repassadas pelo jornalistas Sr. Luiz Zanon, do jornal Mosaico.
MÚSICA
Em 1930 a Euterpe Itabira e a Santa Cecília, eram bandas da cidade que juntamente com os coros da igreja, faziam o contexto cultural da sociedade local. Na época, a cidade mantinha o costume de dormir cedo e os seresteiros ficaram conhecidos pelo bom costume de embuçados percorrerem as ruas desertas e caladas. Ambas as bandas atuavam na festa popular de carnaval no CAI com músicas de zé-pereira e mascarados. Havia peças teatrais no Teatro Municipal, este já demolido para dar lugar ao Correio. A banda Euterpe Itabirana, também atuavam em conjunto com o cinema mudo, com sua tradicional atividade musical, era uma orquestra que harmonizava os enredos tocando piano, violino, bandolim, flauta e outros instrumentos, executado por mulheres e homens, nos momentos que antecedia as imagens do cinema.
Professores D. Zoraida, Sanalda, Totoque, Ninico, Amâncio e outros. Só em dois quarteirões da rua Guarda-Mor Custódio, havia mais de dez pianos e das melhores marcas européias.
O coro da Igreja cantado em latim pelo Sr. Teófilo Alvarenga com voz de baixo e Dona Lalá Neto com seu violino melodioso.
Hino de Itabira foi (teria sido) composto a partir da letra poética de Vitalina Maria de São José e a musicalidade feita por Antônio Lisboa Ferreira. As informações colhidas no museu local, como ditos, é que o hino de nossa cidade seria um plágio do hino da vizinha cidade de Conceição do Mato Dentro, podendo a letra ser comparada com a daquela localidade. Uma vergonha!
EDUCAÇÃO -
“Em 1930 mais ou menos - o ensino era considerado de alta qualidade. Ficaram famosos na crônica local, como primeiros da educação, vários nomes ilustres: Guarda-Mor Custódio, Mestre Emílio, Zeca Amâncio, Alfredo Sampaio, Trajano Procópio, Brás Martins da Costa, José de Grisolia e outros.” Clovis Alvim.
De costumes muito castos, santos, separados e pudicos, do colégio Senhora das Dores, as donzelas de uniformes de cor azul e branco vinham em semelhante procissão e sempre acompanhadas e ou vigiadas por freiras/irmãs, normalmente duas, que as acompanhavam até deixá-las na porta de casa. As irmãs, usavam seus tradicionais uniformes de uso padronizado na cor preta e eram apelidadas “pingüins”. Ai daquela moça que tivesse a ousadia de flertar naquele trajeto do cotidiano. Perdia pontos e regalias, quando não sofria punição com maior rigor, nos casos de reincidência.
INSTITUIÇÃO OU EDUCANDÁRIOS
O Grupo Escolar Cel. José Batista, fundado em 1907, era um dos primeiros do Estado e foi criado pelo Sr. Carvalho de Brito, no governo de João Pinheiro.
A educação atraia pessoas das cidades vizinhas pelo regime de internato e ou pelas controvertidas “repúblicas” e ou casas de parentes. Nas salas de aula os alunos assentavam-se em carteiras para duas pessoas, ocasião em que ocorria de um aluno não ter simpatia com o outro e ter que dividir o mesmo espaço.
CULTURA POPULAR
A arte popular ficava por conta de Alfredo Durval, na rua do Bongue. Rua folclórica, paralela à principal, com artistas e artesãos trabalhando em pleno sol.
Durval fabricava imagens humanas de barro que representavam pessoas canonizadas pelo Vaticano e lia folhetins. Sua obra prima denominada “Aurora”, durante muitos anos enfeitou a praça do Pará, até que um acidente automobilístico envolvendo um veículo caminhão, o qual desgovernado derrubou a imagem e destruindo-a.
“Aurora” era uma imagem que representava uma mulher de seios fartos, lindos e gostosos diante da virilidade dos homens e com decotes que diziam ser generosos. Esta imagem na época inspirou a sociedade local, a um ditado popular, em momento que alguém estava aborrecido com outro e tinha como resposta, que: - “Ora, vai mandar na Aurora!”
Membros Do Grêmio Literário em Itabira: - Alfredo Sampaio, João de Deus Sampaio, José Cesário de Faria Alvim, Minervino Betônico, Antônio Caiapó Horta Drumond, Brás Martins da Costa, entre outros.
Ergue-se a Cruz. Durante as missões dos padres de fora, recebia Itabira nos idos de 1904 os padres Felipe Matta, Olímpio Hemétrio, Guilherme Nassem e Alberto. O Monsenhor Júlio Engrácia, autor do primeiro guia histórico – genealógico de Minas, também um erudito professor e poliglota.
As mulheres da época usavam pesadas roupas de gorgorão.
CINEMA
Em 1911 Itabira inaugurava o primeiro cinema, 16 anos após o grande invento dos irmãos Lumiere. O cinema era mudo. A tela deveria ser molhada para facilitar a absorção da luz e melhor refletir as imagens em preto e branco.
Jornais Cometa Itabirano de 1979; Folha de Itabira de 1970; O Passarela de 1970;
Era interrompido a cada duas partes para o cafezinho e o cigarro, enquando se trocavam os rolos da máquina. O cinema tinha uma orquestra com o Zé Figueiro À frente, que primeiro assistia o filme para adequar a música ao cenário. “Aurora”, “Três da Manhã”, valsas dolentes e ternas, figuravam no repertório para acompanhar as cenas de amor. Marchas e dobradas para as cavalgadas do faroeste.
TEATRO
Nesta época as mulheres também já encenavam em teatros locais, o que era um grande avanço já que cem anos antes, elas não podiam se sequer apresentarem-se na sala de visitas da suas casas, diante de visitantes desconhecidos.
Ao pé do ferro, peças teatrais. O cenário era a cidade de Itabira, com o pico do Cauê ao fundo. O tema, a exploração de jazidas de ferro. Exploração no sentido literal do termo, ficando a cidade arrasada, mutilada na sua paisagem, com enormes buracos no chão.
FOTOGRAFIA
- principiou em Itabira com a pessoa do Sr. Brás Martins da costa, registrando o cotidiano de seus conterrâneos. Este invento de Dangüerre, com técnicas ainda rudimentares exigia que as pessoas ficassem imóveis por alguns instantes.
INSPIRAÇÃO A PARTIR DE COSTUMES POPULAR
As pessoas e famílias se identificavam com o pico e projetava nele as suas qualidades e defeitos. O Jornal Escolas do Grupo Cel. José Batista, fundado em 1907, chamava-se “A voz do Cauê”, O Cauê falava ou calava-se, conforme as circunstâncias. Surgiu o dito: - Mudo como o Cauê. Soberbo como o CauÊ. Lá está ele, impecável no brasão da cidade. Clovis Alvim.
Cauê, “morro queimado, era também motivo para brincadeiras. Quando alguém, a refeição exagerava no tamanho do prato, dizia-se que ele estava esculpindo o Cauê.
Aspectos Sociais
“Na primeira metade do século XX, a cidade recebe um grande impulso nos aspectos culturais com a criação do Centro Itabirano, local de festas e encontros literários e musicais. O Teatro permanece em plena atividade com encenações de peças por grupos locais. A imprensa conta com quatro jornais: “ Correio de Itabira”, “Cidade de Itabira”, “ O Tempo” e “A Itabira”. A fotografia se faz presente nas mãos de Brás Martins da Costa e mais tarde, com Miguel Bréscia. Já contava com um cinema, inaugurado em 1911, pelo advogado e farmacêutico itabirano Eurico Camilo de Oliveira Lage, apenas onze anos após o seu invento. Em 1930 a cidade contava com três colégios de 1º e 2º graus que atraíam estudantes de toda a região, sendo o ensino considerado de alta qualidade.
A situação do município era assim descrita no livro “Minas Gerais em 1925” editado pela Imprensa Oficial em 1926:
Na segunda metade do século XX, a cidade passa a sentir os efeitos da presença da estatal, reorganizando-se e modificando-se, para o acolhimento de inúmeras pessoas que para cá vieram em busca de uma nova oportunidade em suas vidas. Assim são inaugurados vários equipamentos sociais, como a criação do Valério Doce Esporte Clube (1942) e do Clube Atlético Itabirano, em sua nova sede em 1960, na busca de se atender a demanda por lazer na cidade.
Também, diversas instituições educacionais, de caráter público e privado, são criadas como o Grupo Escolar Major Lage, o Colégio Comercial Itabirano, mais tarde transformando-se na Fundação Itabirana Difusora do Ensino e, em 1968, a criação da Faculdade de Ciências Humanas de Itabira (mais tarde incorporada pela FUNCESI). Mantendo assim a tradição do município de proporcionar um ensino de alto padrão de qualidade a seus alunos.
Várias outras realizações vieram contribuir para tornar Itabira uma das cidades que oferecem a seus moradores e visitantes uma ampla opção de equipamentos sociais dos quais podemos citar o Centro Cultural, com seu moderníssimo teatro para 423 lugares - considerado um dos melhores do Estado; um amplo parque de Exposições Agropecuárias com capacidade e infra-estrutura para acolher mais de 50.000 pessoas entre expositores, produtores e público em geral.
Surgem, ainda, diversos outros clubes de caráter recreatio; como o Real Campestre Clube, a ATIVA - Associação dos Técnicos Industriais da Vale, ARFITA - Associação Recreativa dos Ferroviários da Itabira e diversas associações e clubes de serviços.
Conta ainda com um importante memorial ao poeta itabirano, Carlos Drummond de Andrade, obra do mais importante arquiteto brasileiro, de todos os tempos, Oscar Niemeyer em lugar referência - Pico do Amor - com ampla visão panorâmica da cidade.
Nos aspectos de saúde, a cidade conta com dois hospitais: Senhora das Dores e Carlos Chagas, e um Pronto Socorro, referências para a região, além, é claro, de rede de postos de saúde para o atendimento ambulatorial.
“Duas importantes realizações mostram os avanços alcançados na cidade: inauguração do posto telegráfico e a criação do Instituto Agronômico para a melhoria da produção agropecuária na região.”
08 - DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.
INDÚSTRIA
No século XIX inicia-se a industrialização em forjas de produtos feitos a partir da matéria prima advinda do minério de ferro, com a confecção de armas e ferramentas para lavoura.
Já a partir do meado deste mesmo século, surgiu duas indústrias que eram praticamente as únicas de maior porte existentes no município.
O complexo industrial do Gabiroba dispunha ainda de uma tinturaria, forja, marcenaria, olaria, pasto e capões de mato, de onde se obtinha o combustível para as suas caldeiras.
“Uma tropa de burros da própria companhia, garantia o transporte do algodão e de seu produto acabado. Parte deste trabalho era locado a tropeiros autônomos, antes do surgimento dos caminhões.” Clóvis Alvim
O planejamento arquitetônico começa a mudar e cresce de forma diferenciada, dando mostras da geração contemporânea da época. O perfil da cidade muda sem entonação com a atmosfera do passado, como na beleza do sobrado de liras na sacada, local onde morou Carlos Drummond de Andrade, a setecentista. A matriz de Senhora do Rosário, construída no século XIX foi demolida, a singela Igreja de Senhora da Saúde e demais que mantinham a linha arquitetônica de tradição.
O potencial ferrífero da região, foi reconhecido e aclamado a partir do Congresso de Estocolmo. Com isso, Itabira estava inserida numa zona de interesse internacional. A mineração em Itabira já tinha interesses governamentais do estado desde o século IXX, em transformar a mineração de ferro local, em atividade de vulto. Já em 1910, os ingleses constituíram a Itabira Iron Ore Controle de Estrada de Ferro Vitória-Minas, objetivando a exploração do minério par a Europa
No entanto, tal investimento não se concretizou devido a conjuntura criada com a Guerra de 1914 a 1918,. Em 1918, seu controle foi transferido para um grupo associado de investidores europeus e norte-americanos, liderados por Percival Farguhar.
Este grupo não logrou intentos em tal investimento para explorar nosso minério, em conseqüência do não atendimento à orientação do Governo, que não admitia a exportação do minério sem o estabelecimento de uma siderurgia no Estado.
Diante do impasse, sendo este também um dos momentos na luta do nacionalismo econômico no país, surgiram novos ideais de exploração, com o nascimento um pouco mais tarde da empresa estatal CVRD, já em 1942. Ano este em que a ferrovia atingia Itabira.
A partir de 1942, Itabira entra no desenvolvimento da exploração do Minério de Ferro para a exportação, sem beneficiamento do ferro em siderurgia. Este processo de exploração dependia do uso de água e poluía os rios e conseqüentemente prejudicava outras empresas que já existiam. Isto posto, porque a exemplo do que já dizia o embaixador Antônio Camillo de Oliveira, filho do fundador da fábrica do Gabiroba, o absolutismo foi causa de seu fechamento. O fato se deu quando a CVRD iniciou suas explorações na serra da Conceição e o minério começou a sujar o rio do Peixe, fornecedor da força motriz, prejudicando o funcionamento das turbinas geradoras. As pequenas fábricas locais, estavam despreparadas diante do problema que passaram a enfrentar naquele período.
1950... A presença da CVRD atraiu o êxodo rural e de pessoas de outras regiões, com efeito ao aumento da população urbana. O elevado aumento demográfico, a topografia acidentada e a exploração da CRVD, com exploração das jazidas em plena área urbana.
09 - ECONOMIA
FENÔMENO VEÍCULOS X POPULAÇÃO
A partir da década de 40, o perfil da cidade vai se modificar radicalmente com a implantação da Companhia Vale do Rio Doce. Novamente a cidade desviará seu eixo econômico para a economia de mercado internacional, agora na dimensão e controle de uma empresa estatal - portanto com a ingerência direta do governo Federal - na dimensão iminentemente capitalista. Daí que a reordenação social, o rearranjo do espaço físico da cidade, a interferência direta nos assuntos relativos a sua administração, de acordo com seus interesses, geram conflitos permanentes entre a cidade e a empresa. Como analisa a socióloga Maria Cecília de Souza Minayo em seu livro “ Os Homens de Ferro”: “ Diferentemente de outras cidades mineradoras que nascem e se consolidam com o processo de extração, Itabira tem uma longa história anterior. Sua perplexidade frente a chegada da “Vale” se deve talvez à recusa cultural de se transformar numa vila sem passado, em que o sítio urbano se confunde com a mina, além do fato de choques de interesses entre grupos de poder local e a empresa que se instala.”
Assim é que a ingerência da CVRD se acentua nas décadas seguintes e os destinos da cidade e da mina se entrelaçam. A concorrência da companhia com as pequenas empresas de ferro, com as fábricas téxteis, foram paralisando suas atividades em decorrência, entre outros fatores, da absorção de mão-de-obra pela companhia. Do ponto de vista do trabalho na mineração, nos anos 70, a CVRD monopoliza 90% dos empregos industriais do município.
A década de 80, época de redemocratização do país, de inflação galopante e incertezas econômicas, e no plano internacional o início da globalização, será marcada pela discussão sobre a necessidade de se buscar alternativas econômicas para o município, já que a Companhia Vale do Rio Doce passa a atuar de forma mais firme em outras regiões do país, como Carajás no Pará, por exemplo. Assim as instituições locais, Prefeitura, Câmara, ACITA, Jornais e demais organizações do município passam a fazer fóruns, encontros, - acontece o primeiro encontro Nacional de Cidades Mineradoras p.ex. - buscando soluções para a cidade. Também as relações entre a cidade e a Estatal vão se modificar tornando-se uma relação não tão conflituosas, mas de busca de soluções e de parceria.
De concreto, surge num convênio celebrado entre Prefeitura, CVRD e a Companhia de Distritos Industriais CDI - MG, o primeiro Distrito Industrial de Itabira. Como incentivo para a atração de indústrias, faz-se doações de terrenos com infra-estrutura e isenções de impostos para a instalação de empresas na cidade. Algumas ações adotadas a partir dos anos noventa - período de intensificação da economia globalizada e da privatização da Companhia Vale do Rio Doce - vêm consolidar esta busca por alternativas, sendo que a principal delas foi a criação da Agência de Desenvolvimento Econômico de Itabira - ADI (esta com o suporte do INDI - MG, responsável pelo processo de industrialização acelerada do estado de Minas) - e do FUNDESI - Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social de Itabira, com aporte de recursos da CVRD e da Prefeitura Municipal, a serem emprestados às empresas. Também foram feitas melhorias na infra-estrutura no Distrito Industrial e criado o Distrito Industrial II. Outra ação importante foi a criação do chamado Banco do Povo, gerenciado pela Caixa Econômica Federal, visando atender a demanda das micro e pequenas empresas locais.
Paralelamente a isto, a cidade descobre outras vocações para seu desenvolvimento além daquelas meramente industriais. Assim é que a criação da FUNCESI - Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira - visando a recuperação dos cursos existentes e a implantação de outros se transforma em exemplo concreto desta luta por alternativas para o município. Hoje, a FUNCESI conta com Cursos nas área de Letras, Matemática, Geografia, História, Administração, Ciências Contábeis, Ciências Biológicas, Sistemas de Informação, Turismo e o mais recente aprovado pelo MEC no final de 2001, o de Direito.
Outra vocação que desponta com muita força é o Turismo, já que a cidade, como terra natal do poeta maior Carlos Drummond de Andrade, pode se tornar um centro importante de estudos de sua obra e referência para estudiosos do Brasil inteiro. Neste sentido, algumas ações já foram tomadas, como a construção do Memorial Carlos Drummond de Andrade, projeto do Arquiteto Oscar Niemeyer; a concretização do Museu de Território “Caminhos Drumondianos” que são placas com poemas instaladas nos locais citados pelo poeta em sua obra. Neste ano de 2002 será comemorado, de forma intensa, por todos os setores e instituições da cidade o centenário do nascimento de Carlos Drummond.
Em outra vertente, busca-se o incremento do turismo ecológico, já que Itabira com seus Distritos - Senhora do Carmo e Ipoema - abriga inúmeros atrativos naturais como cachoeiras, matas, corredeiras, tradições em culinária e artesanato, propiciando vários tipos de turismo como trekking, canoagem, caminhadas, camping, etc.
“Um proprietário de forjas de Itabira foi o primeiro a estirar o ferro através de malho hidráulic”.
Se por um lado a produção do ouro entra em declínio em meados deste mesmo século e a incipiente siderurgia é abalada com a abolição da escravatura, a cidade inicia o desenvolvimento de uma economia mais voltada para o consumo interno e de abastecimento regional.
Assim, neste período de “economia interna”, a cidade tira proveito de suas potencialidades. Extrai o minério e forja os instrumentos para a sua agricultura, tece o algodão e confecciona os tecidos, fabrica arreios com o couro de seus animais.
Na primeira metade do século XX, a cidade vai ser alvo da influência da conjuntura internacional e nacional. Neste sentido, podemos apontar o congresso Geológico Internacional de Estocolmo, em 1908, que divulgou o potencial ferrífero do Brasil e atraiu o interesse de vários investidores estrangeiros. Já em 1910, os ingleses constituíram a Itabira Iron Ore Company Limited com a intenção de garantir as reservas de minério e o controle da estrada de ferro a ser construída, ligando Minas ao Espírito Santo. Ao término da 1ª Guerra Mundial, seu controle foi transferido para um grupo de investidores europeus e norte-americanos liderados por Percival Faquhar. Também este grupo não chegou a explorar o minério por não atender o contrato com o governo brasileiro de se instalar uma usina siderúrgica no país, paralelamente à exploração das jazidas. Somente em 1942, com o acordo de Washington, foi possível a criação da Companhia Vale do Rio Doce que desencadeou a exploração do minério de forma consistente.
Em 1910 os ingleses constituíram a Itabira Iron Ore Company Limited com a intenção de garantir as reservas de minério
“Indústrias
- No distrito da cidade, os industriais srs. João Alves de Castilho e João Carlos de Atayde fabricam excellente vinho de mesa, cuja produção tem a melhor saída. Estão situadas no districto duas fábricas de tecidos de algodão: a da Gabiroba e a da Pedreira, fundadas a mais de 40 anos(...) em franca prosperidade...” “ Funccionam sete pequenas fábricas que abastecem as diversas officinas de ferreiros, contribuindo assim para, além do abastecimento do consumo local, a exportação de grande quantidade de utencílios, como foices, machados, enxadas, ferraduras, esporas, freios, aparelhos de ferrar e em geral ferragens para construção de pontes, prédios, etc”.
Funcionam duas fábricas de massas, diversas officinas de arreios e indústrias correlativas, mais de 500 moinhos, diversas machinas de preparo de arroz, uma bem montada officina de serralheiro (...) e uma officina de esculpturas(..), sobresahindo de entre as pequenas indústrias a de chapéus de palha no districto de São José da Lagoa ...”. Este último distrito citado é a atual cidade de Nova Era.
Podemos depreender que a cidade se encontrava bem estruturada dentro dos padrões econômicos da época em atividades bem diversificadas.
INDÚSTRIA DO TURISMO
No município temos a Faculdade da Funcesi que atua na formação de na ciência do turismo. As visitas com acompanhamento de guias na cidade, são pagas e devem ser agendadas através dos telefones: - (31) 3831-7314; 3831-1113; 3835-2156; 3835-2158; 3831–1544.
ATRATIVOS DO MUNICÍPIO
1) Mata do Bispo,
2) Usina Ribeirão São José,
3) Cachoeira Alta,
4) Cachoeira do Meio,
5) Cachoeira do Patrocínio,
6) Morro Redondo,
7) Cachoeira do Bongue,
8) Cachoeira da Boa Vista,
9) APA – Morro da Pedreira,
10) Povoado Serra dos Alves,
11) Igreja São José do Macuco,
12) Matriz Senhora do Carmo,
13) Matriz Senhora da Conceição,
14) Museu do Tropeiro,
15) Mata do Limoeiro,
16) Mata do Tropeiro,
17) Canyon dos Marques,
18) Cachoeira dos Borges,
19) Cachoeira Boca da Serra,
20) Cachoeira Brisa,
21) Cachoeira Embaúbas,
22) Cachoeira Véu de Noiva,
23) Cachoeira do Campo,
24) Cachoeira Serena,
25) Ribeirão Queixada,
26) Cachoeira Laranjeiras,
27) Poço Frio,
28) Ribeirão Santana.
29) Rampa de Vôo Livre
ATRATIVOS DA SEDE
1) Poço da Água Santa,
2) Mercado Municipal,
3) Igreja Matriz de Senhora da Saúde (Museu Sacro),
4) Catedral da Igreja Evangélica Universal,
5) Assembleiana,
6) Casa do Movimento da Cultura Negra,
7) Casa do Braz,
8) Fundação Carlos Drummond de Andrade (Teatro, Biblioteca),
9) Centro de Artesanato,
10) Catedral de Senhora Aparecida,
11) Igreja Evangélica Deus éAmor,
12) Museu de Itabira / Museu do Ferro,
13) Igreja do Rosário,
14) Igreja Evangélica Batista, Presbiteriana, Metodista,
15) Casarão da sede da Delegacia de Polícia Regional,
16) Estádio Israel Pinheiro,
17) Memorial Carlos Drummond de Andrade,
18) Mata do Intelecto,
19) Fazenda Pontal,
20) Cruzeiro,
21) Pico do Amor,
22) Auto ou Vista do Palhacinho,
23) Estátua de Carlos Drummond de Andrade
24) Praça do Areão (locomotiva Maria Fumaça),
25) Praça Redonda Dr. Acrísio Alvarenga;
26) Praça do Campestre,
27) Praça do Enzza
28) Vista da Mina do Cauê no auto da estrada para senhora do Carmo;
29) Futuro Museu Ferroviário,
30) Paço Municipal,
31) Paço da Câmara dos Vereadores.
ESTRADA REAL
Advinda do município de Nova União para o Município de Itabira, passa pelos distritos de, Ipoema passando pelas localidades de:
1) Estiva,
2) Cabo de Agosto,
3) Sede, Aliança; e
4) Distrito de Senhora do Carmo a partir das localidades de:
5) Duas Pontes,
6) Caiana,
7) Vargem dos Coutos,
8) Andrade,
9) Socofó,
10) Sede,
11) Córrego da Onça,
12) Serra da Lapa, seguindo para o município de Itambé do Mato Dentro.
MERCADO POPULAR
O Mercado Central de Itabira é popularmente conhecido por Cobol. E atualmente acolhe vários seguimentos institucionais, que na maioria é do ramo do comércio. Trata-se de um galpão de centenas de metros quadrado, o qual está situado na principal avenida, denominada João Pinheiro.
No primeiro pavimento temos os comércios nominados de: Alfaiate do Sr. Aldail, Atitudes Modas, Sorveteria Splash, Compainha do Fumo, Peixaria Paiol, Eleusa Calçados, Agropássaros, João Confeccções, Bar do Tião, Agroduarte, Varejão Montebello, Mateus Modas, Columbia Fogões, Laticínios Itapira, Ei Embalagens Itabira Ltda, Vic’ Tor Jeans, Vantuir Bijouterias, GD – Assessórios para presentes, Casa de Carnes Alvarenga, Marina Confecções, Júlia Modas, Maisa Modas, RD Calçados, Ferramentas e Compainha, Alternativa Calçados, Sandarella Calçados;
No segundo pavimento, temos os comércios e repartições públicas nominadas de: Mundo dos Aquários, Escoteiros, JJD / LIFA Junta Desportiva dos Juízes – Desportiva , Instituto Floresta, Associação do Movimento de Consciência Negra de Itabira, CECM – dos Servidores Municipais de Itabira – COSEMI, Curso Profissionalizante de Corte e Costura da PMI, Inter – Assoc. dos Amigos de Bairros de Itabira.
10 - POPULAÇÃO NEGRA
Negro boçal – escravo que não fala a língua portuguesa e está despreparado para os serviços a que se destina;
Negro terra – designação comum dada pelos primeiros colonizadores portugueses ao indígena da América, em contra ponto ao negro de gentio da África, que designa o negro africano propriamente dito.
Negro latino – diz-se do negro que sabe falar a língua portuguesa, tem noções de religião cristã e conhece alguns rudimentos de qualquer arte ou ofício.
Com o preconceito da sociedade branca itabirana de seus primeiros séculos, raramente era aceito o enterro de escravos nos assoalhos de suas igrejas, segregando-os até depois de morto.
A vida e cultura negra chegou junto com o crescimento econômico com a mão-de-obra barata, de negros, que em todo o seu período de serviço prestado a economia de Itabira, além da agropecuária, agricultura e mineração, tecia fios de algodão, forjava o ferro de hematita, de forma que a sociedade local e regional consumia estes mesmos produtos.
A dura vida dos escravos...
Os escravos começavam o trabalho ao raiar do dia e só o terminavam ao escurecer. Quase não tinham descanso, pois aos domingos, em muitos engenhos, cultivavam pequenos roçados para seu próprio sustento. Seu principal sustento era a mandioca.
As condições de trabalho eram extremamente duras, tanto nos canaviais quando nas moendas e nas caldeiras. Essas condições extremamente difíceis e ainda a alimentação insuficiente e de péssima qualidade faziam com que o tempo de vida em que o escravo podia trabalhar não passasse de dez anos. Depois de dez anos de trabalho pesado, o escravo estava acabado, doente e, na maioria dos casos, morria.
Além da própria escravidão, os escravos eram também torturados por qualquer motivo.
Os negros eram torturados presos aos troncos e presos pelas canelas em pequenas aberturas existentes entre duas vigas de madeira; ficavam horas e, às vezes, dias imobilizados, o que provocava inchaço das pernas, problemas renais, formigamento e fortes dores; Era usado vários instrumentos, a saber:
· Bacalhau - O chicote de couro cru conhecido por bacalhau, que rasgava a pele; muitas vezes os feitores passavam sal nos ferimentos, tornando a dor ainda maior; o sal era para evitar uma inflamação ainda maior e como profilaxia da cura;
· Vira-mundo – instrumento de ferro que prendia mãos e pés;
· Gargalheira – colar de ferro com várias hastes em forma de gancho.
A destruição dos costumes africanos {texto subtraído via internet}
A primeira grande violência cometida contra os africanos foi o fato de eles terem sido arrancados de sua terra. Trazidos a força para o Brasil, eram colocados à venda quando aqui chegavam.
Mas isso ainda era pouco. Chegando à propriedade do novo senhor, os africanos eram forçados a abandonar seus costumes e a adotar os costumes impostos pelo seu dono. A muito custo conseguiam manter alguma tradição: uma dança, algumas palavras de sua língua, etc.
Enfim, de um momento para o outro, os africanos que chegavam ao Brasil eram obrigados a modificar totalmente seu modo de vida e seus costumes. Imagine o choque que isso representou. É como se você, de repente, fosse obrigado a viver entre os esquimós, forçado a vestir-se como eles, a comer o que eles comem, a seguir a religião deles, a trabalhar como eles trabalham e assim por diante.
Foi por isso que muitos africanos resistiram à escravidão fugindo, lutando, morrendo.
Os negros resistem e lutam contra a escravidão
Os africanos resistiram à dominação de muitas maneiras. Uma delas foi a fuga. Quando conseguiam fugir, reuniam-se em comunidades chamadas quilombos.
Os quilombos foram muitos numerosos durante o período de escravidão, que acabou em 1888.
A discriminação e o preconceito contra os negros continuam...
Muitos dizem que no Brasil não existem racismo, nem discriminação, nem preconceito contra o negro. É verdade que a lei afirma que todos são iguais, que todos têm os mesmos direitos. Mas, será que isso mesmo acontece
O que observamos é que são os negros as maiores vítimas do desemprego, são eles que recebem os menores salários, que apresentam os maiores índices de analfabetismo. Há muitos negros ocupando altos cargos do governo federal Algum negro é secretário de estado Quantos deputados negros existem E quantos bispos, padres, pastores Quantos negros estão nas universidades
Felizmente, nos últimos anos, o despertar da consciência negra tem levado os próprios negros a lutar contra o preconceito. É o que mostra o Movimento Negro Unificado (MNU), que reúne as diversas organizações negras. Todas elas lutam contra a marginalização, pela valorização do negro em todos os campos da vida social e pelo reconhecimento de sua dignidade como ser humano.
Da África ao Brasil, o pesadelo dessa longa viagem - Por que os colonizadores utilizaram o trabalho escravo no Brasil? {texto subtraído via internet}
Os colonizadores tinham por objetivo obter grandes lucros. Para conseguir isso eles procuravam gastar o mínimo possível com aqueles que iam trabalhar em suas terras. Ora o trabalho escravo ficava muito barato para os colonizadores, pois eles gastavam uma só vez, na hora da compra; depois não tinham de pagar salário, e as despesas com a alimentação e a vestimenta dos escravos eram muito pequenas.
Como os portugueses faziam para conseguir os escravos negros No início, organizavam verdadeiras caçadas: chegavam entravam nas aldeias, perseguiam e prendiam seus habitantes. Depois, os traficantes passaram a pagar por eles. Às vezes, os próprios chefes africanos vendiam membros de sua tribo em troca de tecidos, armas, jóias, tabaco, algodão, aguardente e outras mercadorias. Outras vezes vendiam prisioneiros de guerra. Nesse caso, os próprios traficantes se encarregavam de provocar guerras entre as tribos para depois comprar os prisioneiros.
A viagem da África para o Brasil e para os outros lugares era uma verdadeira tragédia para os negros. Eles vinham amontoados e acorrentados durante meses, nos porões dos navios negreiros, onde comiam o pouco que lhe davam e, ali mesmo, faziam suas necessidades. Má alimentação, falta de higiene, doenças e mortes, assim era a viagem.
Quando chegavam ao Brasil, os escravos eram colocados à venda nos mercados. Ficavam à mostra, em exposição, e eram examinados minuciosamente pelos interessados. O escravo não era considerado um ser humano, uma pessoa. Era tratado como se fosse mercadoria, uma coisa, menos ainda que um animal.
11. O FENÔMENO - Carlos Drummond de Andrade
“O POETA MAIOR.”
Nasceu na fazenda do Pontal residência de seus pais, no dia 31 de outubro de 1902. Era o nono filho de família abastada financeiramente. Sua mãe era a Sra. Julieta Augusta Drummond e seu pai o Sr. Carlos de Paula Andrade. Nascia um ícone, que desapercebido, ganhava sua terra, o estado, o país e o mundo.
Iniciou na infância os seus estudos no colégio Grupo Escolar Cel. José Batista, antes chamado Grupo Escolar “Carvalho de Brito”, local onde seus textos começaram a receber os elogios de professores.
Hoje esta residência, imóvel, deixou de existir, tendo sido demolida pela CVRD. Já em convênio com a prefeitura, a CVRD, aproveitando muitas das peças da casa dos pais de Drummond, como os madeirames que estavam guardados, foi a casa reconstruída nesta contemporaneidade,recebendo o mesmo nome de fazenda do pontal, que foi transferida e ficou ao lado do espaço recreativo Bela Camping e faculdade da Uunipac e Censi, no bº Campestre. A estrutura da casa foi feita de metal e reaproveitado grande parte dos materiais a exemplo de portas, janelas, madeiras de escadas, piso de tábua corrida e etc.
Carlos Drummond de Andrade era farmacêutico de formação acadêmica sem que exercesse a função. Era um poeta e como escritor reconhecido pela qualidade aquilatada, foi convidado várias vezes para ocupar uma cadeira da Academia Nacional de Letras na capital fluminense, porém, sempre negou o convite.
Seus livros escritos, foram :
POESIA
· 1930 - Alguma poesia
· 1934 - Brejo das almas
· 1940 - Sentimento do mundo
· 1942 - José
· 1945 - A rosa do povo
· 1948 - Novos poemas
· 1951 - A mesa
· 1951 - Claro enigma
· 1952 - Viola de bolso
· 1954 - Fazendeiro do ar
· 1955 - Soneto da buquinagem
· 1957 - Ciclo
· 1959 - A vida passada a limpo
· 1962 - Lição de coisas
· 1964 - Viola de bolso II
· 1967 - Versiprosa
· 1967 - José & outros
· 1968 - Boitempo & A falta que ama
· 1968 - Nudez
· 1969 - Reunião
· 1973 - As impurezas do branco
· 1973 - Menino antigo (Boitempo II)
· 1977 - A visita
· 1978 - O marginal Clorindo Gato
· 1979 - Esquecer para lembrar (Boitempo III)
· 1980 - A paixão medida
· 1983 - Nova reunião
· 1984 - Corpo
· 1985 - Amar se aprende amando
· 1986 - Tempo vida poesia
· 1988 - Poesia errante
· 1996 - Farewell
ANTOLOGIAS POÉTICAS
· 1956 - 50 poemas escolhidos pelo autor
· 1962 - Antologia poética
· 1971 - Seleta em prosa e verso
· 1975 - Amor, amores
· 1982 - Carmina Drummondiana
· 1987 - Boitempo I e Boitempo II
INFANTIS
· 1983 - O elefante
· 1985 - História de dois amores
EDIÇÕES DE POESIA REUNIDA
· 1942 - Poesias
· 1948 - Poesia até agora
· 1954 - Fazendeiro do ar & Poesia até agora
· 1959 - Poemas
· 1969 - Reunião
· 1983 - Nova reunião
· 1997 - Coleção Verso na Prosa Prosa no Verso
· 1997 - Coleção Mineiramente Drummond - A palavra mágica
PROSA
· 1944 - Confissões de Minas
· 1945 - O gerente
· 1951 - Contos de aprendiz
· 1952 - Passeios na ilha
· 1957 - Fala, amendoeira
· 1962 - A bolsa & a vida
· 1966 - Cadeira de balanço
· 1970 - Caminhos de João Brandão
· 1972 - O poder ultrajovem e mais 79 textos em prosa e verso
· 1974 - De notícias & não-notícias faz-se a crônica
· 1977 - Os dias lindos
· 1978 - 70 historinhas
· 1981 - Contos plausíveis
· 1984 - Boca de luar
· 1985 - O observador no escritório
· 1987 - Moça deitada na grama
· 1988 - O avesso das coisas
· 1989 - Auto-retrato e outras crônicas.
CONJUNTO DE OBRA
· 1964 - Obra completa
ANTOLOGIAS DIVERSAS
· 1965 - Rio de Janeiro em prosa & verso (em colaboração com Manuel Bandeira)
· 1966 - Andorinha, andorinha, de Manuel Bandeira
· 1967 - Uma pedra no meio do caminho (Biografia de um poema. Com estudo de Arnaldo Saraiva)
· 1967 - Minas Gerais.
ANTOLOGIAS DIVERSAS
· 1962 - Quadrante
· 1963 - Quadrante II
· 1965 - Vozes da cidade
· 1971 - Elenco de cronistas modernos
· 1972 - Don Quixote
· 1977 - Para gostar de ler
· 1979 - O melhor da poesia brasileira I
- 1981 - O pipoqueiro da esquina
- 1982 - A lição do amigo
- 1984 - Quatro vozes
- 1984 - Mata Atlântica.
Seu primeiro ofício quando ainda jovem, foi de caixeiro no comércio da pessoa do Sr. Randolfo Martins da Costa, ocasião aquela em que seu patrão ofereceu-lhe um corte de tecido casimira que foi aceito como um presente valioso, o qual o usava nas reuniões que participava do Grêmio Dramático e Literário Arthur Azevedo. Neste local recebe o convite para realizar conferências. E podia se ouvir dizerem: - “vejam só, um garoto de 13 anos ministrando palestras sobre literatura.
Aos 14 anos vai para um internato em Belo Horizonte no colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, não termina o segundo período escolar por motivos de doença que o obriga a volta para Itabira. Para não perder o ano escolar começa a ter aulas particulares e aparecem muitas descobertas.
No ano de 1918, com sua saúde restabelecida, Carlos Drummond foi matriculado em colégio de interno denominado O Anchieta, da Companhia de Jesus, na cidade de Nova Friburgo, no Estado Fluminense, onde novamente mostrou-se talentoso no uso da oratória. Diante de suas qualidades, Drummond recebeu um grande apoio de seu irmão Altivo, que percebendo o desenvolvimento de seu jovem irmão na literatura, procurou incentivá-lo e publicando o poema em prosa denominado “Onda”, num jornal de Itabira, o “Maio”.
Drummond vivendo no regime de internato, pode experimentar a nada fácil vida de clausura com seus 17 anos de vida. Nesta mesma época, teve um desentendimento com seu professor de português e este ato incidental, como causa, teve o efeito a sua expulsão do colégio no ano de 1919, localidade onde ficou conhecido pelo apelido de “General”, tendo em vista a sua maestria da oratória. Este ocorrido foi denominado pela escola
No ano de 1920, a família de Drummond transfere-se para a cidade e capital mineira – Belo Horizonte. Drummond com 18 anos não mais precisaria enfrentar aquela ordem religiosa e educacional, que “confisca tempo, que confisca vida” ¹. Em Belo Horizonte abre-se novos horizontes para o adolescente. Seus primeiros trabalhos passaram a ser publicados no Diário de Minas, na seção “Sociais”, e ele se aproxima de escritores e políticos mineiros na livraria Alves e no Café Estrela.
Dois anos se passam e Drummond recebe um prêmio de 50 mil-rés pelo conto “Joaquim do Telhado” e publica seus trabalhos na capital federal (não em Brasília que ainda não existia) mas na cidade do Rio de Janeiro. Em 1923, ano seguinte, Drumond já se sentindo realizado com seus trabalhos publicados e premiação, decide matricular-se na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte. Ele jamais veio a exercer a profissão de farmacêutico, apesar da conclusão do bacharelando desta cátedra.
Em 1925 ainda estudante, Drummond se casa com Dolores Dutra de Morais e retorna para sua terra natal. Em Itabira com a constituição de seu casamento, inicia seus trabalhos letivos nas disciplinas de geografia e português no conhecidíssimo Ginásio Sul-Americano. E em 1926 recebe o convite para trabalhar no jornal Diário de Minas como redator e decide retornar para Belo Horizonte.
Em 1928, Drummond teve seu poema “No Meio do Caminho” publicado em São Paulo, na Revista Antropofagia e se transforma num escândalo literário. Este ano torna-se marcante para o poeta, pois nasce o seu rebento, sua filha Maria Julieta. Além disto, vai trabalhar na Secretaria da Educação de Minas Gerais. Desta data em diante, Drummond ocupa vários cargos ligados às áreas de Educação e de Cultura dos governos de Minas e Federal, além de trabalhar para os principais jornais de Minas e Rio de Janeiro, seguindo publicando suas poesias.
Em 1942, a Editora José Olympio – JO edita Poesias e, durante 41 anos, até que em 1982 se transfere para a editora Record, quando suas obras são publicadas com o selo da editora JO. A fama chega a nível internacional, em que Drummond se torna um dos mais conhecidos autores nacional; seus textos são traduzidos e lidos em diferentes países, tanto que no metrô da cidade de Paris esteve exposto sua poesia “A vida é Grande”.
“No dia 05 de agosto de 1987 morre sua filha Maria Julieta; 12 dias depois, a 17 de agosto falece o poeta.” ² A quem diga que saudosista como era, morrera de paixão. Ficaram três netos, que residem em Nova York, Estados Unidos da América e outro que reside na capital fluminense e administra as obras e imagem de seu avô.
Drummond deixou um grande legado literário como crônicas, obras, contos, poesias e sua vida foi um grande exemplo a ser seguido por todos nós, “onde em palavras ficam os sentimentos pregados que o vento não leva e a vida sempre nos traz “... a cada instante de amor” ”.
A morte, assim como o humor, foi uma constante em sua obra:
Misturou o amor e a doença que levou sua filha com seu típico humor em Versos Negros (mas nem tanto): O amor, então, é a grande solução?/ Amor, fonte de vida... Essa é que não./ Amor, meu Deus, amor é o próprio câncer.
Em 1982 completa 80 anos. São realizadas exposições comemorativas na Biblioteca Nacional e na Casa de Rui Barbosa. Recebe o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. No ano seguinte declinaria do troféu Juca Pato. Em 1984 assina contrato com a Editora Record, após 41 anos na José Olympio.
A escola de samba Estação Primeira de Mangueira o homenageia em 1987 com o samba-enredo O reino das palavras e é campeã do carnaval carioca naquele ano. No dia 5 de agosto morre a mulher que mais amou, sua amiga, confidente e filha Maria Julieta. Desolado, Drummond pede a sua cardiologista que lhe receite um “infarto fulminante”. Apenas doze dias depois, em 17 de agosto de 1987, Drummond morre numa clínica em Botafogo, no Rio de Janeiro, de mãos dadas com Lygia Fernandes, sua namorada com quem manteve um romance paralelo ao casamento e que durou 35 anos (Drummond era 25 anos mais velho e a conheceu quando ele tinha 49 anos). Era uma amor secreto, mas nem tanto. Lygia contaria ao jornalista Geneton Moares Neto (a quem Drummond concedeu sua última entrevista) que “a paixão foi fulminante”.
O poeta mineiro deixou livros inéditos que foram publicados postumamente pela Editora Record: O avesso das coisas (1987), Moça deitada na grama (1987), O amor natural (1982) e Farewell (1996).
A bibliografia abaixo apresentada é referente às edições brasileiras da obra de Drummond. Está disposta conforme publicada no livro O amor natural (Editora Record, 1992), acrescida de outros três livros posteriores ao citado.
- Trechos da última entrevista - O jornalista Geneton Moraes Neto obteve de Drummond sua última entrevista, 17 dias antes da morte do poeta
- Drummond - Alguma poesia - Evento ocorrido no Rio de Janeiro durante os meses de março e abril de 1990
- O poeta do século - Escolha do público e de intelectuais promovida pela revista Istoé em 1999
Centenário de Drummond - Livros e eventos
Nasceu em ltabira (MG) em 1902. Fez os estudos secundários em Belo Horizonte, num colégio interno, onde permaneceu até que um período de doença levou-o de novo para ltabira. Voltou para outro internato, desta vez em Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro. Pouco ficaria nessa escola: acusado de "insubordinação mental" - sabe-se lá o que poderia ser isso! -, foi expulso do colégio. Em 1921 começou a colaborar com o Diário de Minas. Em 1925, diplomou-se em farmácia, profissão pela qual demonstrou pouco interesse. Nessa época, já redator do Diário de Minas, tinha contato com os modernistas de São Paulo. Na Revista de Antropofagia publicou, em 1928, o poema "No meio do caminho", que provocaria muito comentário. |
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Ingressou no funcionalismo público e em 1934 mudou-se para o Rio de Janeiro. Em agosto de 1987 morreu-lhe a única filha, Julieta. Doze dias depois, o poeta faleceu. Tinha publicado vários livros de poesia e obras em prosa - principalmente crônica. Em vida, já era consagrado como o maior poeta brasileiro de todos os tempos.
O nome de Drummond está associado ao que se fez de melhor na poesia brasileira. Pela grandiosidade e pela qualidade, sua obra não permite qualquer tipo de análise esquemática. Para compreender e, sobretudo, sentir a obra desse escritor, o melhor caminho é ler o maior número possível de seus poemas.
De acontecimentos banais, corriqueiros, gestos ou paisagens simples, o eu-lírico extrai poesia. Nesse caso enquadram-se poemas longos, como "O caso do vestido" e "O desaparecimento de Luísa Porto ", e poemas curtos, como "Construção".
O primeiro poema de Alguma poesia é o conhecido "Poema de sete faces", do qual transcreve-se a primeira estrofe:
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
A palavra gauche (lê-se gôx), de origem francesa, corresponde a "esquerdo" em nosso idioma. Em sentido figurado, o termo pode significar "acanhado", " inepto". Qualifica o ser às avessas, o "torto", aquele que está à margem da realidade circundante e que com ela não consegue se comunicar. É assim que o poeta se vê. Logicamente, nesta condição, estabelece-se um conflito: "eu " do poeta X realidade. Na superação desse conflito, entra a poesia, um veículo possível de comunicação entre a realidade interior do poeta e a realidade exterior.
Variantes da palavra gauche - como esquerdo, torto, canhestro - aparecem por toda a obra de Drummond, revelando sempre a oposição eu-lírico X realidade externa, que se resolverá de diferentes maneiras.
Muitos poemas de Drummond funcionam como denúncia da opressão que marcou o período da Segunda Grande Guerra. A temática social, resultante de uma visão dolorosa e penetrante da realidade, predomina em Sentimento do mundo (1940) e A rosa do povo (1945), obras que não fogem a uma tendência observável em todo o mundo, na época: a literatura comprometida com a denúncia da ascensão do nazi-facismo.
A consciência do tenso momento histórico produz a indagação filosófica sobre o sentido da vida, pergunta para a qual o poeta só encontra uma resposta pessimista.
O passado ressurge muitas vezes na poesia de Drummond e sempre como antítese para uma realidade presente. A terra natal - ltabira - transforma-se então no símbolo da atmosfera cultural e afetiva vivida pelo poeta. Nos primeiros livros, a ironia predominava na observação desse passado; mais tarde, o que vale são as impressões gravadas na memória. Transformar essas impressões em poemas significa reinterpretar o passado com novos olhos. O tom agora é afetuoso, não mais irônico.
Da análise de sua experiência individual, da convivência com outros homens e do momento histórico, resulta a constatação de que o ser humano luta sempre para sair do isolamento, da solidão. Neste contexto questiona-se a existência de Deus.
Nos primeiros livros de Drummond, o amor merece tratamento irônico. Mais tarde, o poeta procura capturar a essência desse sentimento e só encontra - como Camões e outros - as contradições, que se revelam no antagonismo entre o definitivo e o passageiro, o prazer e a dor. No entanto, essas contradições não destituem o amor de sua condição de sentimento maior. A ausência do amor é a negação da própria vida. O amor-desejo, paixão, vai aparecer com mais freqüência nos últimos livros.
Depois da morte de Drummond, reuniu-se no livro O amor natural uma série de poemas eróticos mantidos em sigilo e que foram associados a um suposto caso extraconjugal mantido pelo poeta. Verdadeiro ou não o caso, interessa é que se trata de poemas bem audaciosos, em que se explora o aspecto físico do amor. Alguns verão pornografia nestes poemas; outros, o erotismo transformado em linguagem da melhor qualidade poética.
Metalinguagem: a reflexão sobre o ato de escrever fez parte das preocupações do poeta.
O tempo é um dos aspectos que concede unidade à poesia de Drummond: o tempo passado, o presente e o futuro como tema.
Toda a trajetória do poeta - qualquer que seja o assunto tratado - marca-se por uma tentativa de conhecer-se a si mesmo e aos outros homens, através da volta ao passado, da adesão ao presente e da projeção num futuro possível.
O passado renasce nas reminiscências da infância, da adolescência e da terra natal. A adesão ao presente concretiza-se quando o poeta se compromete com a sua realidade histórica (poesia social). O tempo futuro aparece na expectativa de um mundo melhor, resultante da cooperação entre todos os homens.
02. COLUMIDADE PÚBLICA
A columidade ou segurança da coletividade local e regional, está por conta primeiramente do Estado a partir da Delegacia de Polícia de Itabira, denominada 49ª DRPC (Delegacia Regional de Polícia Civil), hoje conta com a sede uma unidade operacional, dividida em dois prédios. O primeiro fica a delegacia onde funcionada toda parte administrativa de atendimento ao público, na rua Major Paulo, nº10, bº Penha, sendo esta área central para o atendimento. O segundo prédio funciona na rua Misther Charlton, nº22, localidade onde funciona a parte operacional para repressão do crime na localidade e região.
Encontra-se em andamento a semente de uma parceria de um convênio entre a atual administração do Dr. Sílvio Henrique Pagy Correa e a Faculdade de Direito do CENSI, com a coordenação do Setor de Estágio do Escritório Modelo, da coordenaão do Curso de Direito e da parte do Diretor da Fundação, objetivando implantar nas acomodações do escritório modelo, na av, João Pinheiro, na sobre loja sobre o prédio do Correio, uma Delegacia de Polícia de atendimento aos casos ligados à lei 9099/95, de apoio ao juizado especial criminal na confecção de TCO´s, registro de Boletins de Ocorrências, confecção de Representações Criminais e Delegacia de Mulheres. Projeto este, que irá desafogar a delegacia pela falta de recursos humanos, beneficiará os alunos estagiários no aprendizado do curso de direito, além de beneficiar diretamente a coletividade. A comunidade ganhará em muito, pois deixará de ter que subir no alto do bairro Campestre, economizando tempo e dinheiro com passagens de ônibus e ou gasolina em seus veículos, já que tal atendimento ficaria na área central da cidade.
Atualmente a delegacia é novamente administrada pela pessoa do Delegado Regional Dr. Sílvio Henrique Pagy Corrêa, pessoa esta, que efetuou o desmembramento das delegacias, separando a parte operacional da parte administrativa, objetivando evitar o desgaste de pessoas que procuravam a localidade para efetuar o registro de um BOPC, uma cópia de BO, fazer uma identidade, documento de trânsito e CNH, e tinham que ver cenas de pessoas chegando presas e algemadas, muitas das vezes em resistência a prisão.
13. LOCALIDADES QUE COMPÕE O DESENVOLVIMENTO DEMOGRÁFICO DO MUNICÍPIO
Itabira, é composta de vários lugarejos com suas denominações advinda desde a sua criação em 1720, crescendo na medida dos anos e povoando a localidade, contando nos dias de hoje as seguintes:
1) Angico,
2) Araxá,
3) Areias,
4) Auto das Pedras,
5) Auto das Pedras,
6) Auto do Buraco Comprido,
7) Barata e Biboca,
8) Barra,
9) Barra,
10) Barreiro,
11) Barro Branco,
12) Bateias Fundas,
13) Bateias,
14) Bethânia do Instituto,
15) Boa Esperança,
16) Bocãina,
17) Bomba,
18) Bonge,
19) Cabral,
20) Candidópolis,
21) Canta Galo,
22) Cemig,
23) Chapada,
24) Clube do Valério,
25) Coelhos,
26) CVRD sede do Cauê,
27) Dona Rita,
28) Dos Doze,
29) Duas Barras,
30) E.T.A Pureza,
31) Engenho,
32) Eta Gatos,
33) Folgado,
34) Fundão,
35) Gabiroba,
36) Galinheiro,
37) Gaspar,
38) Gatos,
39) Girau,
40) Gomes, Machado,
41) Grota das Perobas,
42) Itabiruçú,
43) Itagracel,
44) Jardinópolis,
45) José Antônio,
46) Laboriaux, Oliveira Castro,
47) Madeira,
48) Madeira,
49) Matadouro,
50) Mina Belmont,
51) Morro do Chapéu,
52) Morro do Chapéu,
53) Morro Santo Antônio,
54) Mulungú,
55) Padre,
56) Palestina,
57) Palmital,
58) Pari, Duas Pontes,
59) Parque de Exposições,
60) Pau de Angu,
61) Pedreira do Instituto,
62) Pedros,
63) Posto Agropecuário,
64) Represa do Pontal,
65) Represa do SAAE,
66) Represa Giral,
67) Ribeira,
68) Ribeirão São José de Baixo,
69) Ribeirão São José de Cima,
70) Rocinha,
71) Salgado,
72) Santa Catarina,
73) Santiago,
74) Sapé,
75) Serra das Bandeirinhas.
76) Serra dos Alves,
77) sítio,
78) Tambor,
79) Tambor,
80) Usina,
81) Vista Alegre).
Ipoema/sede: -
1) Aliança,
2) Baixada,
3) Barro Branco,
4) Botica,
5) Cabo de Agosto,
6) Cachoeira Lavada,
7) Câmara de Climatização,
8) Carneirinho,
9) Chapada de Ipoema,
10) Chapada do Turvo,
11) Coqueiro,
12) Coqueiro,
13) Floresta,
14) Ipocarmo,
15) Macacos,
16) Mambembo;
17) Mato Virgem,
18) Morro Redondo,
19) Rancharia
20) Ribeirão,
21) Rochoso,
22) Santa Catarina,
23) São José do Macuco,
24) São José do Turvo,
25) Serra do Espinhaço,
26) Serra Velha,
Senhora do Carmo/sede,
1) Andrade,
2) Boa Vista,
3) Bom Jardim,
4) Bongue,
5) Borges,
6) Caiana,
7) Campo de Gorduras,
8) Carioca,
9) Conquista, Serra da Lapa,
10) Córrego da Onça,
11) Cutucum,
12) Duas Pontes,
13) Floriano,
14) Laranjeira,
15) Maná,
16) Mata das Correias,
17) Mata grande,
18) Monteiros,
19) Montes Claros,
20) Queixada,
21) Salgado,
22) Santana,
23) Serra do Espinhaço, Área de Proteção Ambiental denominada “Morro da Pedreira” criada pelo Decreto Federal 98.891 de 26 de janeiro de 1990, área de 142.200.000.00 m2 ou 14.200,00 HÁ,
24) Serra do Lobo,
25) Serra dos Alves,
26) Serra dos Linhares.
27) Socofô, Vargem dos Contos,
Por falar em Carmo, trata-se de uma palavra da língua IVRIT (HEBRAICO).
14. BIBLIOGRAFIAS
1) . TRINDADE, Raimundo, cônego. Instituições de Igrejas no Bispado de Mariana. Rio de Janeiro, Serviço Patrimonial Histórico e Artístico Nacional; 1945. Informação: pág p.122.
2) . TRINDADE, Raimundo, cônego. Arquidiocese de Mariana, BH, Imprensa Oficial, 1953.
3) . SAINT – HILAIRE, A. Itabira do Mato dentro, jornada de Itabira a Vila do Príncipe. In:........... Viagem pelas províncias do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. São Paulo, Companhia Editora Nascional, 1938. V. 1. Informação: p.121.
4) . FRANÇA, JUSSARA. Itabira, Fundação Carlos Drummond e Andrade.
5) MARTINS, A. de Assis & Oliveira, JM. Município de /caethé. In: ......, Almanak Administrativo, civil e industrial da província de Minas Gerais para o anno de 1864. Rio de Janeiro, Typ Acutalidade, 1864.
6) . FERREIRA, Diva, Memórias – Itabira – Minas, Editora “O Lutador” belo Horizonte – 1999. 981;51, F 383 – 352p. I – Itabira, História.
7) . ALVIM, Clóvis. Manuscritos. Museu de Itabira.
8) BOSHI, Caio C. – Inventário dos Manuscritos avulsos relativos a Minas Gerais existentes no Arquivo Histórico Ultramarino (Lisboa em Portugal), coleção Mineiriana. Editora Rona.
.
15. Anexos Usados neste Trabalho
1) 104.99 – A.795.16.3 – Requerimento de Maria Rosa do Espírito Santo, viúva de Silvestre Tavares do Rego, moradora na freguesia de Senhora da Boa Viagem de Itabira do Campo, do termo de Vila rica de Senhora do Pilar de Ouro Preto, solicitando a provisão para ser tutora dos seus filhos e administradora dos bens de seu marido. Local: AHV – Com. Ultra, - Brasil/Minas Gerais – Cx: 140, Doc:7.
2) 108.98 – A.799.3.10 – Requerimento de João Luiz Pinto, pedindo carta patente de confirmação do posto de Capitão da Companhia de Ordenança do distrito de Itabira, do termo da Vila Nova da Rainha. Local: AHV – Com. Ultra, - Brasil/Minas Gerais – Cx: 150, Doc:3.
3) 119.18 – A.802.3.7 Requerimento de Manuel Teixeira de Silva, pedindo a confirmação da carta de patente do posto de Capitão da Companhia do distrito de Itabira, do Regimento de Infantaria de Milícias dos Homens pardos de Vila Rica. Local. AHV – Com. Ultra, - Brasil/Minas Gerais – Cx: 163, Doc:46.
4) 123.61 – A.804.30.10 – Requerimento de João Rodrigues Ferreira, Capitão da Companhia de Ordenanças do distrito de Itabira de Mato dentro, no termo de Vila Nova da Rainha, solicitando sua confirmação no exercício do referido posto. Local. AHV – Com. Ultra, - Brasil/Minas Gerais – Cx: 172, Doc:69.
5) 126.93 – A.805.19.6 – Requerimento de Antônio Fernandes da Silva, solicitando sua confirmação no posto de Alferes da cia. De Ordenança do distrito de Itabira, termo da Vila Nova da rainha (Caeté). Local AHV – Com. Ultra, - Brasil/Minas Gerais – Cx: 176, Doc:35.
Observações Diversas...
1720 – ano oficial do desbravamento de Itabira;
1775 – construção da Igreja de Senhora do Rosário dos Negros (Pretos);
1808 – cresce a quantidade de forjas para o beneficiamento do ferro de hematita;
1825 – Itabira é elevada à categoria de Freguesia;
1833 – se transforma em Vila;
1848 – É levada à condição de Cidade;
1859 - Inauguração do primeiro hospital na cidade;
1876 e 78 – a cidade tinha duas fábricas têxteis das 29 indústrias no Estado;
1907 – Inauguração do Grupo Escolar Doutor Carvalho de Brito (hoje Escola Estadual Cel. José Batista), a segunda escola estadual implantada em Minas Gerais;
1910 – Construção da empresa americana Itabira Iron Ore Company Limited, pelos ingleses;
1911 – Inauguração do primeiro cinema da cidade;
1925 – Criação da Associação Comercial de Itabira.
1926 – Instalação da primeira agência bancária em Itabira e do Banco Comercio e Indústria de Minas Gerais S/A;
1930 – A cidade já contava com três colégios de 1º e 2º graus.
1939 – Criação da Companhia Brasileira de Mineração e Siderurgia;
1942 – A Companhia Brasileira de Mineração e Siderurgia se transforma em Companhia Vale do Rio Doce e criação do Valério Doce Esporte Clube;
1960 – Criação do Clube Atlético Itabirano;
Anos 60 – Criação de diversas instituições educacionais como FIDE, EMMZA e Grupo Estadual Major Lage;
1968 – Criação da Faculdade de Ciências Humanas de Itabira;
1970 – A Cia. Vale do Rio doce monopoliza a mão-de-obra, absorvendo 90% desta e inunda a área da Fazenda do Pontal.
Década de 70 – A casa Fazenda do Pontal é desmontada e inaugurados diversos clubes de caráter recreativo:
Em 1973 o clube ATIVA; em 1978 o clube ARFITA; em 1979 o clube REAL CAMPESTRE;
1975 – A cidade recebe o “Selo de Cidade Educativa”;
Década de 80 – Começam as discussões quanto ao futuro da cidade; iniciou-se a criação do CDI (C. D. Industrial); Criação da Agência do Crescimento e desenvolvimento Econômico de Itabira;
Elaboração do Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Itabira (IPAC), pelo IEPHA-MG (Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais);
1982 – Criação da Fundação cultural Carlos Drumond de Andrade;
1983 – Inauração do Parque de Exposições Virgílio Gazire;
1988 – Tombamentos Municipais;
1993 – Inauguração do prédio atual da FUNCESI;
1997 – Privatização da Companhia Vale do Rio Doce;
1998 – Criação do Banco do Povo e inauguração do Memorial Carlos Drumond de Andrade;
2000 – Assinatura da Licença de Operação Corretiva para a CVRD;
A partir de 2001 – Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento do Município de Itabira e reconstrução da Fazenda do Pontal;
2002 – Centenário do poeta Carlos Drummond de Andrade;
2005 – Um cidadão negro assume a prefeitura de Itabira – Bel. João Isael.
2006 – Comemora-se os 300 anos de história da Pedra que existia no Meio do Caminho.
Histórico do Distrito de Senhora do Carmo – Município de Itabira.
Esta na zona rural ao norte da sede do município, sendo cortado pelo Rio Tanque, local onde já ocorreu exploração de ouro. A localidade já teve outras denominações como Fazenda das Cobras, Andaime, Onça, Carmo de Itabira e atualmente Senhora do Carmo.
No início do século XVIII, foi concedida carta de sesmaria ao Português Chrispim Chrispiniano de Souza Coutinho, dando a ele a Fazenda das Cobras, que se transformou na Vila, com as doações de lotes feitas pelo Capitão José Luiz ...
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O nome Fazenda das Cobras provém da enorme quantidade de cobras grandes encontradas na localidade, por Chrispim Chrispiniano, quando procurava um local para erguer uma capela.
No principiar de 1700, a mineração na região incluindo a exploração de cristais na serra do Alves, povoado do Distrito de senhora do Carmo, era o principal objetivo das bandeiras, mas os resultados das explorações na foram bons como ocorria em Mariana e Ouro Preto. Este distrito naquela época chegou a contar na região com uma demografia de mais ou menos 3.800 habitantes, enquanto a sede da cidade não chegava a 1.000 habitantes.
Piçarão, areia grossa que provem da desagregação das rochas arqueanas comuns a estrutura geológica da américa do sul e da África.
FIM...
Por Cleverson Lobo Buim (Boim).