Seja minha vida o padrão naquilo que eu falar e no procedimento, o exemplo à todos levar.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

PRÉ-GUERRA SYRIA COM ALIADOS (RUSSIA E CHINA) X ONU

29/quinta - MUNDO JUDAICO PELA MANHÃ - PRÉ-GUERRA

NOVA GUERRA DO YOM KIPPUR - O momento do início da guerra, se houver vai coincidir com o Ano Novo Judaico (dia 4 de setembro), e portanto com os Yamin a Noraim (os dias terríveis) e o Yom Kippur. Os soldados judeus novamente estarão mobilizados e o país poderá estar sendo atacado em seu momento religioso mais vulnerável, 40 anos depois.

ONDE ATACAR - Temos visto muita gente boa nas mídias sociais acreditando que o ataque de EUA, Inglaterra e França contra a Síria será algo cirúrgico e pontual: alvos bem específicos. Esta pessoas acreditam numa utopia do campo de batalha, como se os alvos ficassem lá esperando serem destruídos. A formação síria, como a iraquiana é pela doutrina soviética que prevê o uso de camuflagem e engodo a um nível que nós, ocidentais não faríamos. Quem é novo, não sabe o que aconteceu na Primeira Guerra do Golfo, Tempestade do Deserto em 1991 e nem na Invasão do Iraque em 2003. Simples: quem tem 20 anos hoje, tinha 10 em 2003... Pela TV via-se, pela primeira vez, bombas inteligentes guiadas não só por laser, mas por GPS, atingindo com precisão absoluta, hangares, bunkers e outras instalações militares. Em ambos conflitos, a maior parte dos alvos eram falsos, criados pelos defensores para fazer os atacantes desperdiçarem sua munição caríssimas. Grande parte das estruturas falsas eram feitas de compensado e lona pintadas para parecer serem de concreto. Hangares verdadeiros eram de lata e lona e não de concreto: os mísseis entrando pelos tetos na diagonal, atravessavam teto e parede explodindo na areia do lado fora, oferecendo uma imagem de destruição total, mas era só areia. Na Líbia, que também seguia esta doutrina, os depósitos de armas químicas foram camuflados como instalações abandonadas, depósitos de suprimentos meio destruídos, enferrujados, com veículos abandonados e estragados em meio ao deserto, mas as armas estavam lá. A Síria sempre se preparou contra Israel e em 1973, na Guerra do Yom Kippur, quase venceu. Eles sabem o que fazer e tiveram décadas para se fortificar e mais de dois anos aguardando um ataque ocidental.

ALVOS NUNCA ENCONTRADOS - Quando os EUA devastaram os alvos iraquianos em 2003 faltaram um monte de coisas. Até hoje não foram encontradas algumas centenas de tanques soviéticos T-72 modernizados; não foi encontrada toda a frota de helicópteros de ataque; não foram encontrados quase todos os mais modernos aviões de combate iraquianos. Alguns deles foram descobertos envoltos enterrados em dunas de areia nas proximidades de uma base aérea próxima a Bagdá, no dia 6 de julho de 2013. Na foto um super moderno Mig-25 Foxbat enterrado. Da mesma forma não foram encontradas as armas químicas iraquianas. Na época dizia-se que tudo estaria na Síria, e se é verdade, ainda está. Me recordo das imagens ao vivo da entrada de unidades blindadas americanas na principal base de blindados de Bagdá e só se via tanques dos anos 1950 e caminhões velhos. Centenas de locais de estacionamento estavam completamente vazios. Os blindados utilizados para deter o avanço americano não foram os T-72, mas modelos 62 e mais antigos que foram estraçalhados pelos Abrams americanos e pelos aviões A10, que nem sofreram perdas.

DEFESA PODEROSA - A Síria possui uma poderosa defesa antiaérea para todas as altitudes preparada para enfrentar ataques de Israel. São canhões e mísseis modernos com soldados muito treinados. Vamos repetir. Eles não dispararam contra os vários ataques que Israel realizou nestes dois anos para não revelar frequências de radar, cadeias de comando, códigos eletrônicos e de rádio. Estão quietos aguardando os ataques pesados. Os mísseis de cruzeiro são especificamente vulneráveis à defesa antiaérea. A força aérea síria que era composta por oficias sunitas é moderna e já foi recomposta com alawitas e xiitas. Teve dois anos de treinamento, e isso é mais que suficiente. Até hoje não se sabe o destino dos oficiais sunitas na força aérea, mas é provável que tenham sido mortos. Um general pegou um avião de combate e fugiu para a Jordânia há mais de um ano.

DESTRUIÇÃO OBRIGATÓRIA - A força aérea síria terá que ser destruída obrigatoriamente para haver o prosseguimento de qualquer tipo de operação por lá.

COMO FOI NA LÍBIA? - Foram muitos dias de ataques por mísseis de cruzeiro, aviação dos EUA, Inglaterra, França, Itália e Canadá. Centenas e centenas de missões de ataque ao solo. Até hoje nunca foi divulgado exatamente o que a Coalizão atacou, o que foi efetivamente destruído e a perda de vidas em solo. Nem mesmo os líbios divulgaram isso. O que se sabe é que houve um volume enorme de bombardeios, mas nada foi publicado sobre os alvos.

AMEAÇA RUSSA - Uma fonte não confirmada atribuiu à Rússia a ameaça de atacar a Arábia Saudita, caso os EUA ataquem a Síria. Entenda o que é isso. Só não entende que há uma Guerra Islâmica desde 1980 quem não quer. 10 anos de xiitas iranianos contra sunitas iraquianos; 10 anos de soviéticos ocupando o Afeganistão com a fortificação do Taliban e Al Qaeda (ambos sunitas radicais) pelos EUA para combater os soviéticos, depois o Taliban subjugando os sunitas seculares do Afeganistão, culminando com 9/11 em 2001 e a invasão da Coalizão ao Afeganistão; talibans atacando quase diariamente os sunitas seculares do Paquistão; Al Qaeda atacando dentro do Irã; Al Qaeda da Argélia por décadas atacando os sunitas seculares da Argélia; Irmandade Muçulma sunita radical, contra os egípcios sunitas seculares; 25 anos de ocupação do Líbano multi-religiosos mas de base sunita, pela Síria xiita; implantação do Hezbollah iraniano xiita no Líbano com a conversão de maior parte da população palestina sunita local ao xiismo; massacres diários e mutuos entre sunitas, xiitas e Al Qaeda no Iraque; e agora a guerra religiosa multifacetada na Síria. Não vê quem não quer ver. Nada disso tem a ver com EUA, Israel, ou Europa. É interno. E o alvo é Meca, o centro do Islã, controlado pela família real Saud sunita, que financia tanto taliban, quanto Al Qaeda, quanto a construção de mesquitas em todos os cantos do mundo. Portanto, num cenário maior da Coalizão atacar os xiitas na Síria, no Líbano e certamente o programa nuclear do Irã, tanto Irã, quando Hezbollah, quando Rússia poderão sim atacar diretamente o centro dirigente e financiador sunita: Arábia Saudita.

MINI GUERRA MUNDIAL - É o que pode acontecer. A aviação iraniana é moderna e capaz. A Arábia Saudita possui os mais modernos armamentos americanos e pilotos treinados nos EUA. Os mísseis iranianos tem alcance muito simples para atingir as principais cidades sauditas e as bases americanas no Golfo. A guerra envolveria todos os principais exportadores de petróleo e a crise de combustíveis seria imediata. Esse é o pior cenário, mas não é improvável.

ATAQUES EM SOLO ALIADO - Só há uma forma da Coalização não ser atacada em seu próprio solo por células terroristas adormecidas da Al Qaeda: aliar-se à Al Qaeda contra Assad, o que seria algo terrível, pois o acordo deveria ser maior, envolvendo outras agendas. Na filosofia islâmica, ter inimigos como aliados ocasionais, para seu próprio interesse é absolutamente válido. Se a Coalizão atacar tanto Assad quanto alvos da Al Qaeda na Síria, será atacada nos EUA, Inglaterra e França, provavelmente com efeitos devastadores e aí a MINI GUERRA MUNDIAL poderá não ser tão mini assim. Esse é o cenário terrível, mas não é improvável.

A MELHOR SOLUÇÃO: Ficar de fora e deixar os muçulmanos matarem-se como o vem fazendo há mais de 40 anos e não se envolver, mas parece que isso é o cenário menos provável. Nunca se esqueça que a guerra Irã X Iraque ceifou mais de 1 milhão de vidas de muçulmanos e que os soviéticos tiveram mais soldados mortos e feridos no Afeganistão que os EUA no Vietnã. Deixem-nos se matar: é o que eles querem e o melhor para todos. Se 1 milhão de mortos entre eles não causou intervenção, porque 100.000 deveria causar?